O professor de inglês Frederico Branco de Farias, 56 anos, foi morto a tiros de fuzil na madrugada desta terça-feira por não parar o carro diante de uma barreira de fiscalização montada por policiais militares e soldados das Forças Armadas na rua Silva Vale, em Tomás Coelho (zona Oeste do Rio de Janeiro). Foi o primeiro incidente com vítima desde a entrada das Forças Armadas na Operação Guanabara, montada para garantir a segurança durante o Carnaval.

O Comando Militar do Leste divulgou nota oficial na tarde desta terça lamentando o incidente. Segundo as Forças Armadas, a vítima se recusou a parar o Corsa azul escuro que dirigia quando se deparou com a barreira. A nota diz ainda que o motorista tentou atropelar um oficial do Exército que se colocou à frente do veículo no intuito de escapar da blitz, o que levou os militares a abrirem fogo.

"Em face das atitudes suspeitas do motorista, aos militares não restou outra opção senão recorrer ao uso da força", afirma a nota do Comando Militar do Leste. O professor chegou a ser encaminhado para atendimento no Hospital Municipal Salgado Filho (bairro do Méier), onde faleceu. Ele estava acompanhado da namorada no momento do incidente. Ela não foi ferida.

A ocorrência foi registrada na 44ª Delegacia Policial e foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso.