Com a constante e gradual queda da taxa básica de juros, a Selic, cresce no mercado a oferta de crédito para a compra de veículos. Estimativas do presidente do Banco GMAC, Moacir Cossia, apontam para incremento de 33% no crédito voltado ao setor automotivo nos próximos 12 meses, enquanto na instituição a perspectiva é de crescimento de 20% no volume negociado com, 120 mil contratos. No Banco Mercedes-Benz, a carteira deve ter alta de 10% para R$ 2,6 bilhões. Na Anef, entidade que reúne os bancos de montadoras, estimativas não foram reveladas. Pórem, os financiamentos devem manter a participação acima dos atuais 44%.
“Com a redução da Selic, os juros cobrados em financiamento de automóveis, que já são bastante competitivos, tendem a cair ainda mais, favorecendo toda a cadeia produtiva”, explica Cossia, que lembra que os prazos de financiamento estão cada vez mais longos, favorecidos por uma economia mais estável e pela confiança do consumidor.
Além dos aspectos macroeconômicos, os consumidores da rede Chevrolet, onde mais de 65% das vendas são financiadas, contam ainda com os benefícios gerados por acordos operacionais firmados pela montadora com o banco da marca. A conseqüência para a ponta final aparece em forma de programas bastante atrativos como o atual plano do Vectra Elegance (R$ 59.990): mediante entrada de 60% o saldo pode ser dividido em até dez meses com juros zero.
Os usados também entram na dança e se favorecem do custo de financiamento reduzido. Tanto é assim que a divisão hoje no GMAC de 70% de operações voltadas ao segmento de novos e 30% de seminovos deve sofrer alteração com o segundo ganhando cada vez mais espaço.
Caminhões - A despeito da venda dos caminhões ao mercado interno não estarem tão bem quanto a de veículos, os reflexos positivos da redução de juros já chegaram ao mercado diesel. O Banco Mercedes-Benz por exemplo, focado no financiamento de automóveis, caminhões e ônibus da marca, acaba de apresentar ao mercado novo produto: o CDC Reduzido.
Na nova modalidade, o cliente pode escolher planos de 18 a 60 meses, e para pagamentos em dia, é dado desconto de 2% na parcela a cada 12 meses. Se o pagamento atrasar, os juros cobrados são os acertados no contrato. “Quando o pagamento é feito em atraso gera diversos custos para nós. A nossa intenção é incentivar o pagamento em dia, assim não temos despesas extras e o consumidor é beneficiado por isso”.
A novidade, segundo Xaviér Accariès, diretor comercial do grupo, só foi possível diante de cenário macroeconômico mais estável. “Os juros estão caindo e essa tendência é repassada para o consumidor final”. Apesar do lado positivo, Accariès lembra que os “juros reais ainda são muito altos e ainda há espaço para melhorar”.
Pelas suas estimativas, a Selic pode muito bem terminar o ano em 13% contra os atuais 14,75%.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.