Um policial militar foi baleado na cabeça no fim da noite de sexta-feira dentro de uma escola estadual no Jardim Santa Cecília, em Mauá. Por volta das 22h30, o soldado Cristiano Marques Santos, 25 anos, foi surpreendido por um homem que estava escondido atrás de um muro nos fundos do colégio Sada Umeizawa. Na confusão, o atirador conseguiu fugir. Até a tarde de sábado, o policial permanecia internado em estado grave no Hospital Mário Covas, em Santo André.

O soldado foi chamado pelo zelador da escola, que viu um desconhecido, provavelmente o atirador, circulando pelo pátio. Acompanhado por outros cinco militares, o policial passou a vasculhar o local na tentativa de encontrar o invasor. Cada PM seguiu numa direção. Um único tiro foi disparado, acertando Santos.

Em pouco tempo a polícia armou uma blitz no entorno da escola, poucos metros distante da favela do Oratório, e encontrou um garoto de 17 anos armado com um revólver calibre 38. No tambor, quatro balas, uma delas deflagrada. O rapaz teria dito à PM que um conhecido chamado Rafael lhe havia entregue a arma após o disparo que feriu o soldado e pedido que a escondesse. Na delegacia mudou o depoimento. Disse que a arma era sua e que a utilizava para defesa, já que vinha sofrendo ameaças. Nas duas ocasiões negou ter atirado no soldado. O adolescente foi libertado depois de o zelador não tê-lo reconhecido como o invasor da escola.