A decisão de reduzir a Selic de 18,75% para 18,5% ao ano foi respaldada na melhora do cenário externo, no movimento de queda verificado na inflação e nas projeções para o ICPA em 2002 e 2003, de acordo com a análise dos diretores do BC.
Na reunião de fevereiro, quando a taxa caiu de 19% para 18,75%, houve uma divisão no placar, que ficou em cinco a três a favor do corte.
Os membros do Comitê, no entanto, ressaltam que alguns elementos ainda justificam uma posição mais cautelosa do BC. Os membros do Copom reforçam a preocupação externada na quarta-feira no relatório em relação ao reajuste dos preços administrados por contrato e monitorados. As projeções feitas pelos diretores indicam reajustes de 6,8% para 2002 e 4,5% para 2003, com contribuição direta de 2,1 pontos porcentuais e 1,4 pontos porcentuais para o IPCA, respectivamente.
Um outro elemento apontado na ata e que já constava do relatório é o reajuste já anunciado de 8,2% para o preço da gasolina e a perspectiva de aumentos acima de 20% para o gás de cozinha, até o final ano.
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