O vereador Samuel Siqueira (PDT-Santo André) está livre de perder o mandato por conta da infidelidade partidária. A Justiça julgou improcedente – e pediu o arquivamento – do processo movido pelo primeiro suplente do PSDB, Dárcio Caselli, no qual ele reivindica o cargo eletivo do pedetista.
Segundo a sentença proferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ocorreu uma “impossibilidade jurídica no pedido” de Caselli, já que Siqueira se desfiliou do PSDB em setembro de 2005, portanto, antes da data determinada pela resolução do TSE: 27 de março deste ano.
Vereador em primeiro mandato, Siqueira foi eleito em 2004 pelo PSDB. No entanto, divergências internas o fizeram ir para o PSC, onde também não encontrou respaldo. Foi então que o parlamentar decidiu ingressar no PDT.
“Já esperava esse resultado, pois confio na lei. Embora não seja advogado atuante, conheço o direito. Nunca gostei de nada errado”, comemorou.
Siqueira ainda ressaltou o trecho na sentença que destaca ser “irrelevante” o fato de ele ter trocado o PSC pelo PDT em junho deste ano. O motivo? Para o TSE, quem tem o direito de pleitear a vaga do pedetista na Casa é a legenda tucana.
DESISTÊNCIASiqueira admite que, após o resultado favorável a ele, não pensa mais em processar Caselli, como chegou a afirmar quando soube da ação do tucano.
“Reavaliei a questão e decidi desistir. Tive uma reação, em um primeiro momento, baseada na emoção. Foi ruim. Após reflexão, percebi que ele (Caselli) apenas estava pleiteando algo a que tinha direito”, explicou.
Siqueira garantiu não ter a pretensão de fazer inimigos. E enfatizou que o resultado foi importante para a continuidade dele na política
“Tenho uma carreira. Disputarei a reeleição em 2008, quero ser deputado estadual e, em um futuro próximo, prefeito de Santo André. É um caminho que venho percorrendo silenciosamente, conscientizando as pessoas sobre o valor do voto delas. Estou semeando para colher lá na frente.”Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.