A decisão de Costa Leite foi tomada após a divulgação, pela revista Época, de que ele trabalhou 11 anos para o extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) durante a ditadura. Segundo a reportagem, o advogado foi instrutor da Escola Nacional de Informações (Esni), setor do SNI responsável pela formação dos espiões.
Em entrevista à Rádio CBN, ele afirmou que não tem vergonha de ter trabalhado no SNI e garantiu que nunca cometeu nenhuma irregularidade durante aquele período. Mesmo assim, diante da pressão da imprensa, ele disse esperar um apoio e proteção do partido que não recebeu.
"Depois da reportagem da Época, passei a analisar se valeria a pena prevalecer na política. Não há nenhum ato do qual possa me envergonhar e desafio a quem quer que seja mostrar algo nesse sentido. Não se verificou se eu cometi algum ato que desabonasse minha conduta. Isso (a reportagem) me entristeceu muito e não encontrei no partido o apoio que gostaria. Acho que isso é um desrespeito à minha vida pública", desabafou.
O ex-ministro disse que deixa a legenda com decepção após ter sido convidado diretamente por Anthony Garotinho para disputar a vice-presidência. "Tenho mágoa de alguns quadros do PSB, mas quero deixar claro que tenho respeito pelo partido", disse. Ele ressaltou também que sua situação tratava-se apenas de uma pré-candidatura, e que ela ainda deveria passar pela convenção do partido.
Para Costa Leite, a informação de que serviu ao SNI foi "requentada" com o objetivo de prejudicar o ex-governador carioca. "O crescimento da candidatura de Garotinho começou a inquietar, ameaçar. Estão me atingindo para que Garotinho seja atingido", disse.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.