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Acusado de matar estudante tem a prisão decretada
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
06/01/2004 | 23:38
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Foi decretada nesta terça-feira a prisão temporária do segurança João dos Santos, 33 anos, acusado de assassinar o estudante Renan de Araújo Silva, 18, na madrugada de segunda-feira. O crime ocorreu em um bar localizado na avenida Goiás, em São Caetano.

O acusado, conhecido como Johnny, continua foragido, mas a polícia prossegue com as investigações sobre seu paradeiro. Parentes do segurança, que vivia no Jardim Calux, periferia de São Bernardo, disseram que não vêem Johnny desde o dia anterior ao crime.

Porém, sua esposa informou que ele apareceu em casa por volta das 5h de segunda-feira (cerca de meia hora após o assassinato), apanhou alguns objetos e fugiu. Ninguém confirmou se a pistola calibre 765 usada no crime pertencia de fato ao vigilante.

“A melhor coisa que ele deve fazer é se entregar e se defender com argumentos sobre o que aconteceu. Essa atitude seria melhor considerada durante a reconstituição do crime”, disse o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG) Moisés Maximiano.

Nesta terça, Wallace Pereira, um dos proprietários do estabelecimento comercial onde Johnny trabalhava – o Bueno’s Bar, ex-Rolando Chopp – se apresentou espontaneamente à polícia para prestar esclarecimentos sobre a contratação do vigilante.

Na segunda-feira, dia do enterro de Renan, seus familiares criticaram o estabelecimento por ter contratado “um homem sem estrutura” para atuar como agente de segurança. “Ele me pediu emprego depois de ir três vezes ao bar. Como fim de ano é um período em que os bares ficam mais cheios, o contratei, mas exigi que ele trouxesse seus documentos até o início desse mês”, disse Wallace Pereira.

Segundo Pereira, Johnny apresentou a carteira de trabalho, que mostrava que havia trabalhado antes como agente de segurança de um açougue. “Eu confiei nele, que trazia sua própria equipe, nas sextas-feiras e sábados. Mas havia dito que não queria que eles andassem armados em meu bar. Aliás, ele nunca me mostrou uma arma e disse que não trabalhava armado”.

O crime – Renan e dois amigos comemoravam o aniversário de um deles na choperia quando um copo caiu de sua mesa e quebrou. O incidente teria enfurecido Johnny, que obrigou o rapaz a sair do bar. Os dois amigos o acompanharam e viram Renan dizer que pagaria o copo. Nesse momento, o vigilante atirou à queima-roupa contra o rapaz, segundo testemunhas. Caído no chão, ele ainda foi baleado na cabeça pelo vigilante, que depois atirou contra outro homem, Márcio Antônio de Souza.

Baleado na barriga, Souza – que é presidiário de Franco da Rocha e estava em liberdade provisória para as festas de fim de ano – continua internado em estado grave no hospital Heliópolis, na capital.




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