Azoospermia é a ausência de espermatozóides no sêmen ou falha na formação dos espermatozóides
Azoospermia é a ausência de espermatozóides no sêmen ou falha na formação dos espermatozóides, e pode ocorrer em decorrência de insuficiência testicular primária, obstrução ou vasectomia prévia.
O sêmen ejaculado pelo homem durante o ato sexual é composto principalmente por líquido produzidos nas vesículas seminais, próstata e 5% do volume total corresponde a espermatozóides provenientes dos testículos.
Quando o sêmen não possui espermatozóides, pode ser que eles não sejam produzidos (azoospermia secretora) ou que, apesar de produzidos, não consigam chegar até a uretra para formar o líquido ejaculado (excretora). De 1% a 2% de todos os homens têm azoospermia - entre os inférteis, a taxa aumenta: de 15% a 20%.
A azoospermia excretora se caracteriza por processos obstrutivos das vias de drenagem do fluido testicular, problema que pode ser congênito ou adquirido. Os congênitos são devidos a anomalias do desenvolvimento embrionário, como as agenesias do canal deferente e vesículas seminais e as aplasias que acometem o desenvolvimento incompleto do órgão. Já os processos obstrutivos adquiridos acontecem principalmente por causa de traumas, infecções e cirurgias nos canais seminais.
A azoospermia secretora se caracteriza por processos que causam falência na produção espermática pelos testículos. Essa falência testicular pode ser primária - quando causada por processos intrínsecos - ou secundária, quando decorre de alterações externas aos testículos.
A ausência de espermatozóides no ejaculado constitui um achado quase sempre inesperado e fortemente traumático para o equilíbrio psicológico do homem e do casal. O espermograma, que é o exame que detecta o problema, geralmente é solicitado no contexto do estudo de casais inférteis.
Quanto ao estudo do homem com azoospermia, para além de outros exames, é quase sempre imperativo realizar uma biópsia. Um homem só deve ser considerado estéril após biópsias nos dois testículos.
O espermograma deve fazer parte de uma rotina pré-conjugal, permitindo aos casais um conhecimento antecipado de fatores de infertilidade.
Dicas:
-As doenças sexualmente transmissíveis podem causar a epididimite e determinar um bloqueio, resultando em azoospermia permanente. Por isso, usesempre preservativo.
-A insuficiência testicular secretora primária ocorre devido a defeitos genéticos, testículos que não desceram, lesão física dos testículos ou caxumba na puberdade.
-Azoospermia obstrutiva também é devida à ausência do epidídimo e outras partes do sistema ductal, incluindo os vasos deferentes, problemas geralmente de origem genética.
-É importante observar que quando um casal procura ajuda é porque está com dificuldade em conseguir uma gravidez. Os dois devem ser investigados desde o início - não protele o exame de espermograma.
-Tratamento da azoospermia obstrutiva, em geral, é cirúrgico e os resultados da cirurgia dependem da localização do bloqueio. Há uma taxa de sucesso de 50% naqueles pacientes com uma obstrução na cauda do epidídimo devido a gonorréia.
-Os processos adquiridos acontecem principalmente por infecções e cirurgias de vasectomia, hidrocelectomia e herniorrafia inguinal. Cuidado com traumas, que são as principais causas de lesão testicular primária.
-Obstrução é a segunda causa mais importante de azoospermia.
-A vasectomia é causa cada vez mais comum de azoospermia nos países ocidentais e em países como a Índia, em que ela é um dos métodos preferidos de contracepção.
-Em muitos homens, a azoospermia pode resultar de uso de drogas citotóxicas, irradiação ou devido a fatores presentes durante a vida fetal. No entanto, na maioria dos casos o motivo é desconhecido.
-Ao se decidir por reversão cirúrgica, deve-se observar o tempo de intervalo entre a vasectomia, a reversão e a idade da esposa. As melhores chances são observadas em mulheres com menos de 35 anos.
-Quando a testosterona e o LH são alterados, em geral a reposição de testosterona pode resolver o problema. Nesse caso o diagnóstico pode ser presumido por alterações da libido ou ereção e confirmado por dosagem hormonal.
-O especialista indicado é o médico urologista.
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