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USP nao divulga nomes de suspeitos de matar calouro
Do Diário do Grande ABC
23/04/1999 | 09:43
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O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo (USP), Irineu Velasco, divulgou na manha desta sexta-feira o resultado parcial da sindicância interna sobre a morte do calouro Edson Tsung Chi Hsueh, 22 anos, durante um churrasco organizado pelos alunos, dia 23 de fevereiro.

De acordo com o laudo, nao há nomes que podem ser divulgados como os culpados de um possível homicídio. A polícia está trabalhando com até sete estudantes suspeitos de matar o calouro, porém os nomes ainda nao podem ser revelados porque "tudo nao passa de apuraçao", declarou Velascos.

Nesta quinta-feira, a promotora Eliana Passarelli, do 3º Tribunal do Júri, que acompanha a investigaçao do caso, se reuniu com Irineu Velasco para trocar informaçoes. "Continuamos checando a lista de participantes do churrasco atendidos, após a festa, pelo Hospital das Clínicas", disse Eliana. Segundo a promotora, nesta quinta nao foram ouvidas mais testemunhas.

O diretor da USP disse ainda que foi assinado um decreto, que proíbe, a partir de agora, qualquer tipo de trote na Universidade.

Manifesto - Vinte alunos da faculdade de Medicina da USP enviaram nesta quinta-feira à imprensa um abaixo-assinado em que manifestam descontentamento em relaçao à forma como a investigaçao está sendo conduzida. "É incompreensível que a promotora dê publicidade a conclusoes nao respaldadas pelo laudo", afirma o texto. "Mesmo que erros tenham sido cometidos, aqui nao há bruxas a serem queimadas, apenas seres humanos inocentes, até que se prove o contrário."

De acordo com o advogado José Roberto Batochio, defensor dos alunos, eles estao sendo "vítimas da execraçao pública". "Alunos do último ano estao com dificuldade para conseguir residência médica." A promotora preferiu nao comentar o abaixo-assinado.




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