Na próxima segunda-feira, o secretário de Finanças argentino, Guillermo Nilsen, vai viajar a Washington para iniciar uma nova etapa nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A Argentina precisa reprogramar vencimentos da dívida multilateral no valor de US$ 14 bilhões até o final de 2003, sob a pressão de evitar outro calote no dia 14 de novembro quando deve saldar uma parcela de US$ 805 milhões com o Banco Mundial.

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, mostrou-se confiante neste sábado com a chegada de novos investimentos estrangeiros ao país e acredita que lentamente a Argentina está saindo da pior crise econômica de sua história. ”Apesar de todas as dificuldades, a Argentina, uma vez superados os problemas que vivemos, é um lugar importante para negócios”, disse o presidente em programa de rádio.

Duhalde analisou que devido à queda nas taxas de juros nos Estados Unidos, os capitais 'estão buscando oportunidades de negócios'. O presidente garantiu que a 'Argentina passou por maus momentos com muitos riscos e muitos perigos' mas avalia que 'o pior já passou'.

Sobre as longas negociações com o FMI para uma renegociação dos próximos vencimentos, Duhalde afirmou que o acordo "está na última etapa da negociação'. "Ma ainda temos problemas a superar", disse ele.

Duhalde mostrou-se convencido de que um acordo com o FMI 'vai viabilizar a estabilidade argentina, e vai fazer com que venham os investimentos estrangeiros'.