Doença diarreica aguda infecciosa causada por um bacilo gram-negativo da família das enterobactérias
Doença diarreica aguda infecciosa causada por um bacilo gram-negativo da família das enterobactérias, transmitido por contato oro-fecal entre humanos.
Infecção autolimitada, com duração de quatro a sete dias, sendo que em crianças jovens a convulsão pode ser uma complicação grave. As infecções graves estão associadas a uma ulceração da mucosa, com sangramento retal e desidratação.
Com distribuição mundial, 2/3 dos casos e a maioria de mortes ocorrem em crianças menores de 10 anos de idade e que seja responsável por cerca de 600 mil mortes anual no mundo.
Ocorre em locais com problemas de higiene e saneamento básico, sendo endêmicas em países em desenvolvimento e de clima tropical. No Estado de São Paulo, 2% a 5% dos surtos de doenças transmitidas por alimentos água notificados são por shigella envolvendo em média 300 pessoas por ano.
O diagnóstico é realizado através da história clínica e exame físico do paciente e confirmado principalmente pela coprocultura e, mais raramente, pela hemocultura. Outros exames inespecíficos podem ser usados, como o hemograma e a análise do muco fecal, a sorologia e o PCR podem ser úteis, porém nem sempre facilmente disponíveis.
SINAIS E SINTOMAS
Febre,
Perda de apetite,
Náuseas,
Vômitos,
Diarreia,
Dor e flatulência abdominal,
Dor durante a evacuação.
Pode surgir sangue, pus e muco nas fezes.
SAIBA MAIS
É também conhecida como disenteria bacilar. O principal reservatório são os seres humanos. Raramente ocorre em animais, tendo sido descritos surtos prolongados em primatas tais como macacos e chimpanzés.
Outras infecções bacterianas podem acompanhar a shiguelose, especialmente em pacientes debilitados e desidratados.
As complicações incomuns incluem a lesão de nervos, de articulações ou do coração e, raramente, a perfuração intestinal.
O esforço intenso para evacuar pode causar prolapso retal e este pode causar perda permanente do controle intestinal.
Os casos graves podem durar de três a seis semanas.
Lave as mãos após o uso do banheiro.
Água e leite podem ser contaminados por fezes, provocando a infecção.
Moscas carregam o patógeno para os alimentos a partir de banheiros e de disposição inadequada de fezes e esgotos.
Alimentos expostos e não refrigerados constituem um meio para sua sobrevivência e multiplicação.
Ambientes fechados como creches, hospitais e similares são propícios para a disseminação da doença.
Mais grave em crianças e em idosos debilitados e desnutridos e em pacientes com Aids.
O aleitamento materno protege as crianças.
O tratamento consiste de hidratação oral ou venosa.
Antibióticos podem ser receitados dependendo da gravidade da doença.
Em caso de um dos sintomas acima procure seu médico e notifique os surtos (dois ou mais casos) imediatamente às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central.
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