Mas, o que mais o preocupa na volta ao Brasil é a pressao que o ministro-chefe da Casa Militar, general Alberto Cardoso, está sofrendo por causa das denúncias de que teria patrocinado o grampo durante o processo de privatizaçao da Telebrás. O presidente considera o general um dos mais leais e mais importantes assessores. Por isso mesmo, quer o preservar dos ataques que está sofrendo. Durante a viagem, quando a crise do grampo envolvendo a Casa Militar se agravou, o general nao telefonou para Fernando Henrique. Na chegada a Brasília, ainda na Base Aérea, o general deverá colocar o presidente a par dos acontecimentos e das medidas tomadas por ele durante os últimos dias.
Pouco antes de embarcar, ainda no Hotel Nikko, onde ficou ficou hospedado,o presidente, ao ser indagado se esperava que esta semana seja mais calma, apenas sorriu concordando com um aceno de cabeça.
A primeira-dama Ruth Cardoso, no entanto, que estava ao lado dele, foi quem respondeu: "Claro, todos esperamos." Além da questao do grampo durante a privatizaçao do Sistema Telebrás, o presidente enfrentará uma outra guerra: travada entre os ministros da Previdência Social, Waldeck Ornélas, e da Saúde, José Serra. Mas Fernando Henrique espera que o assunto tenha se esgotado no fim de semana e está confiante que, com os ânimos mais calmos, os dois ministros parem de trocar ofensas.
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