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CBF enterra calendário quadrienal
Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
08/04/2002 | 21:56
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enterrou nesta segunda-feira um acordo histórico pela moralização do futebol: o calendário quadrienal. A CBF vai organizar o Brasileiro deste ano, além de todas as competições a partir de 2003, e acabar com a Liga Nacional de Clubes.

Ao tomar tal decisão, a entidade recuou em uma decisão tomada por ela mesma no dia 7 de dezembro de 2001, quando anunciou a criação das ligas. Essa postura foi defendida por representantes de 27 federações estaduais, que, juntamente com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, estiveram presentes na assembléia geral, na Granja Comary. Até mesmo antigos opositores da administração da entidade já não querem mais saber das ligas.

“A tendência em 2003 é que o Brasileiro dure oito meses, mas isto será discutido após a Copa. As ligas terão de se ajustar e ser aprovadas pela CBF. Não podemos inverter os valores, pois as ligas estavam se tornando quase um governo paralelo. Elas não podem destituir a CBF e só existem para captar patrocínios e discutir soluções para os problemas financeiros”, disse o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto de Oliveira, que participou do encontro.

Organizado pela CBF, o Brasileiro terá 26 clubes. Os últimos quatro serão rebaixados, e apenas dois clubes sobem para a divisão de elite. Os dirigentes também articulam o esvaziamento das ligas regionais, para que dessa forma os Estaduais voltem a ser disputados nos moldes antigos já na próxima temporada. Com isso, as Ligas, que se organizaram paralelamente à CBF e precisam do reconhecimento da entidade para existirem, perderiam força.

O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, esteve na reunião, mas não assinou o documento final. Ficou decidido ainda que, após o Mundial, as federações vão se reunir novamente para organizar o calendário do futebol brasileiro de 2003. Na prática, isso significa dizer que o calendário quadrienal apresentado em 2001 pelo então ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, passa a não valer mais nada.

O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, disse duvidar que a CBF ponha a “resolução no papel”.




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