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Cresce demanda por imóveis mais baratos
Por Do Diário do Grande ABC
01/04/1999 | 14:40
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O mercado imobiliário mostra uma tendência de crescimento no segmento de imóveis residenciais destinados às classes D e E. O aumento da demanda por esse tipo de imóvel deverá nortear os projetos das construtoras nos próximos anos. A avaliaçao é do presidente do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), Roberto Capuano. Pesquisas realizadas em Sao Paulo no mês de fevereiro revelam que as unidades menores estao apresentando melhores resultados de vendas.

Levantamento do Creci-SP concluiu que a venda de imóveis com valor médio de R$ 40 mil apresentou crescimento de 31,89% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Pesquisa do Secovi-SP (Sindicato da Habitaçao) também indica aumento de demanda por imóveis de dois quartos, segmento que respondeu por 60% dos negócios realizados no mês passado na capital paulista.

Segundo o presidente do Creci-SP, o resultado da pesquisa reflete o aumento do número de pessoas que está trocando o aluguel pela prestaçao. "Com a crise, as pessoas nao conseguem pagar aluguel e financiamento ao mesmo tempo", disse. A tendência para os próximos anos, diz ele, é que ocorram lançamentos de imóveis mais compactos, com prazos menores de execuçao e situados fora das regioes centrais da cidade.

Para Capuano, há comprador e crédito para financiar imóveis mais simples. Nos últimos quatro anos, lembra ele, só a carta de crédito financiada pela Caixa Econômica Federal gerou 200 mil negócios, sem contar os financiamentos realizados por instituiçoes privadas.

Na contramao desse mercado promissor estao os imóveis de alto padrao. Segundo ele, o investidor mais capacitado está aplicando seu dinheiro no mercado financeiro, aproveitando o bom rendimento proporcionado por uma política de juros altos.

Além das vendas fracas, os proprietários de unidades mais caras nao conseguem locar seus imóveis. Nos últimos 12 meses, segundo pesquisa do Creci-SP, o número de apartamentos de quatro quartos alugados caiu quase 60%, enquanto a média de locaçoes registrou queda de 3,9%. O mesmo acontece com o mercado de imóveis de lazer (praia, campo, sítios), que também estao sendo fortemente afetados pela crise.




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