O presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), disse que vai defender o projeto. “Sou a favor do imposto progressivo. Os mais favorecidos têm de pagar mais, enquanto a população de baixa renda tem de arcar com menos impostos. A proposta do prefeito é a de redução para as residências e isso é algo positivo”.
Os oposicionistas não concordam. Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), disse que vai votar contra a matéria, pois, segundo ele, os aumentos para algumas categorias serão muito altos. As indústrias terão um acréscimo médio de 14,23%, sendo que os imóveis comerciais, 7,8% e os terrenos, 143%. “Um aumento como esse vai gerar desemprego. Se for aprovado, os empresários vão embora da cidade. Na atual conjuntura, com salários baixos e desemprego, não se pode aumentar a carga tributária para ninguém”, afirmou.
O vereador Alexandre Rodrigues (PDT) também disse ser contra as mudanças no IPTU. “Não queremos que as indústrias vão embora da cidade”, afirmou.
Maridite Cristóvão de Oliveira (PPS) criticou os valores dos impostos. “O IPTU de Diadema já é um dos mais altos da região. Por outro lado, nós não estamos em uma fase de desenvolvimento para aumentar tributo”, disse. Maridite disse concordar apenas em aumentar o IPTU para terrenos desocupados. “Só que não se pode sobretaxar. Não dá para concordar com um acréscimo de mais de 100%”, afirmou.
O vereador Milton Capel (PL) também é a favor de reajuste para os terrenos. “É preciso acabar com a exploração e a especulação. Ou vende o terreno ou constrói”, disse o liberal.
Como o IPTU terá redução em média da 4% para os imóveis residenciais, vários vereadores elogiaram a iniciativa. É o caso de José Zito da Silva (PMN) e Antonio Rodrigues (PT). “Quem ganha é a maioria da população que será beneficiada com a medida”, disse Rodrigues.
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