Policiais da 5ª Delegacia de Polícia (Centro) investigavam bares da Rua Carlos Sampaio, onde os outros crimes foram cometidos, e acharam Nascimento parecido com o retrato falado feito por uma vítima. O camelô foi revistado e a polícia encontrou duas cartelas do calmante Rivotril.
Apesar de o jornalista afirmar que se sentia bem, os dois foram levados para a delegacia.
O jornalista contou à delegada Elizabeth Cayres que Nascimento se encarregou de servir as bebidas e reclamava que ele estava bebendo seu refrigerante muito rápido. "Ele queria tempo para o comprimido se desfazer", deduz Elizabeth. Durante o depoimento, o jornalista adormeceu de repente. "Ele começou a cabecear, tinha dificuldades de responder, bateu a cabeça na mesa e apagou", relata a delegada.
Nascimento foi preso em flagrante e sua vítima, com tremores pelo corpo, levada para exames no Instituto Médico Legal.
Os policiais foram à casa da segunda vítima do camelô, um homem de 50 anos, que o reconheceu. Há cerca de um mês ele foi dopado por Nascimento, assaltado e jogado de um barranco no bairro de Santa Teresa.
O camelô apresentou três versoes em seu depoimento. Inicialmente negou os crimes, para depois confessar que o jornalista era sua primeira vítima, mas no fim da madrugada voltou a se dizer inocente e disse que o remédio era para "animar" o jornalista. Nascimento, que segundo uma irma é soropositivo, passou mal na delegacia. Pelos três crimes, ele pode ser condenado a penas que variam de seis a 12 anos de prisao.
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