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Estrela do PT some da televisão
Lola Nicolas
Do Diário do Grande ABC
17/08/2006 | 08:23
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A estrela sumiu. O Partido dos Trabalhadores desapareceu do horário eleitoral gratuito na TV. Ontem, na estréia da programação dos candidatos ao governo de São Paulo, o partido só foi mencionado por um concorrente. Nem mesmo na vez de Aloizio Mercadante, a sigla foi citada. Acanhada num canto esquerdo do vídeo, a estrela vermelha estava escondida, em meio a várias outras cores, que se sobressaiam.

A estratégia do PT é clara: relacionar o menos possível a legenda com os candidatos. Isso já ocorreu anteontem no programa de estréia de Lula, que concorre à reeleição. Uma forma de fazer com que o eleitor se esqueça que a sigla foi o epicentro de uma das maiores crises da político nacional, quando veio à tona os escândalos do mensalão, caixa 2 e valerioduto.

O candidato do partido, que foi apresentado à tarde aos telespectadores por seu filho Pedro, não citou o PT, mas atacou o PSDB, do adversário José Serra, que lidera todas as pesquisas de intenção de votos. Mercadante direcionou sua mensagem às mães: “Quero falar especialmente para você, que está preocupada com a escola, segurança, com a saúde de seu filho. Hoje, o estado de São Paulo está vivendo uma grave crise. Não dá para esconder. Os atentados do PCC são frutos da falta de autoridade, omissão e incompetência de 12 anos do governo do PSDB. O meu compromisso é reverter isso, tendo Segurança e Educação como base para a construção de uma sociedade mais justa.”

José Serra também mencionou Saúde, Educação, Segurança e Emprego como prioridades em seu governo, mas não se aprofundou: “Falaremos disso nos próximos encontros. Prometo um governo com planejamento, visão de futuro e acima de interesses partidários”.

O peemedebista Orestes Quércia, com uma produção menos pomposa, surgiu como ‘o salvador do mundo’. A crise na Segurança Pública, ele resolverá apenas “com pulso firme”, prometendo ainda reindustrialização e empregos para a juventude. Só não disse como.

Os demais candidatos têm tão pouco tempo de TV para cativar o eleitorado, que mal conseguiram ontem dizer nome e  partido. Plínio de Arruda Sampaio (Psol) revelou que tem 50 anos de luta e que “trocou de partido porque o PT mudou”.

Ontem também foi a apresentação dos concorrentes ao Senado. O programa da tarde de Eduardo Suplicy, que lidera folgadamente as pesquisas de intenção de votos, apelou para desenho animado, com bonequinhos explicando o que é ser senador. Depois, ele fala, como sempre, do Renda Mínima, seu único – e grande, no conceito do próprio autor – projeto.




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