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Operação da PF é "obra de ficção", diz advogado de Virgílio Medina
Por Do Diário OnLine
04/05/2007 | 21:22
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O advogado de Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) licenciado Paulo Medina, suspeito de negociar sentenças judiciais para beneficiar integrantes da máfia dos caça-níqueis, afirmou nesta sexta-feira que seu cliente está sendo vítima de uma "obra de ficção" montada pela PF (Polícia Federal).

"É ficção mal engendrada”, disse o advogado Renato Tonini, que entrou com dois pedidos de habeas corpus em favor de Virgílio no STJ.

A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, ouviu nesta sexta-feira o depoimento de Virgílio e de outros dois presos na Operação Furacão, da PF.

Acusado de formação de quadrilha, contrabando e corrupção passiva, Virgílio negou todas as acusações durante o depoimento. Ele afirmou que sua renda é proveniente de  seu trabalho como advogado e de consultorias que presta para diversas empresas.

O segundo depoimento do dia foi do policial federal aposentado Luiz Paulo Dias de Mattos, acusado de ter sido cooptado pela quadrilha para fornecer, mediante pagamento, informações privilegiadas sobre operações de repressão aos jogos ilegais.

Durante quase uma hora de depoimento, o ex-policial negou que tenha transmitido informações privilegiadas sobre operações da PF. O suspeito apenas admitiu que conhece o policial civil Marcos Bretas, acusado de repassar informações sobre operações policiais para empresários ligados à máfia dos caça-níqueis.

O terceiro depoente, Nagib Teixeira Sauid, sócio da Casa Barra Bingo que atuaria como operador de organização criminosa para pagar propinas, usou o direito constitucional de permanecer calado alegando que ainda não teve acesso às gravações feitas pela PF.

A Operação Furacão desarticulou uma quadrilha de contraventores, delegados e magistrados acusados de crimes como corrupção, tráfico de influência e envolvimento com jogos ilegais. A investigação mostrou a relação entre bicheiros, a polícia e a Justiça no Rio de Janeiro. Além da prisão preventiva dos acusados, a PF apreendeu dinheiro e artigos de luxo que estavam em posse dos suspeitos, como jóias, veículos importados, armas e munições.




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