Ao defender o controle externo do Judiciário, Jobim foi intensamente aplaudido pela platéia de ilustres que acompanhava a posse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva; os presidentes da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP); os ministros José Dirceu (Casa Civil), Antônio Palocci (Fazenda), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Guido Mantega (Planejamento) foram apenas alguns dos presentes à cerimônia.
O chefe do STF se manifestou a favor de uma reforma que dinamize o Judiciário. Para ele, o Poder tem de cumprir três prerrogativas diante da sociedade: ser acessível a todos, ter decisões previsíveis e trabalhar com agilidade.
Nelson Jobim também pregou a harmonia entre os três Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário. As presenças na platéia de Lula e do ministro Maurício Corrêa, antecessor de Jobim na presidência do STF, aumentaram o peso do discurso. Num passado bem recente, os chefes do Executivo e do Judiciário trocaram farpas e amargaram as relações entre os Poderes.
"O momento exige de todos nós lucidez política e humildade", disse o ministro Nelson Jobim.
"Façamos um acordo pelo bem do país e de seu futuro. De um Brasil que reclama a inclusão social e o bem-estar de todos. Que exige o desenvolvimento social e econômico. Que passa a enfrentar os seus obstáculos culturais, sociais e econômicos. Que discute e quer dar solução à exclusão dos negros. Que sente o desafio deste século."
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