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Cabral: país deve debater 'custo-benefício da proibição das drogas'
Da Agência Brasil
01/03/2007 | 08:37
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), defendeu nesta quarta-feira uma ampla discussão no país sobre a legalização do uso e até mesmo da comercialização das drogas hoje consideradas ilícitas. Ele participou, no Congresso, da reunião dos governadores do Sudeste com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a questão da segurança pública no país.

O governador carioca considera o tema "importantíssimo" e ressaltou que ele já é discutido em países europeus e nos Estados Unidos. "Temos que colocar na balança o custo-benefício da proibição das drogas. Até que ponto a proibição das drogas não tem levado muito mais gente a morte do que se houvesse uma discussão pela sua legalização com a presença da OMS (Organização Mundial de Saúde), ONU (Organização das Nações Unidas) e de fóruns internacionais para discutir esse tema de maneira verdadeira.

Cabral Filho ressaltou que, por conta da proibição das drogas, o tráfico de armas é mais intenso em países subdesenvolvidos, como africanos, asiáticos e latino-americanos. "Nós temos que rever de uma maneira séria esta questão. Não é o governador do Rio de Janeiro, é o homem público que acha que é importante esta questão ser colocada".

O governador ressaltou que o caminho para a discussão deste assunto é nos fóruns internacionais e não no Rio de Janeiro ou restrito ao Brasil. "Eu não quero ser hipócrita, há uma demanda por drogas no Brasil, nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra e esta demanda tem levado à morte milhares de pessoas no país", afirmou.

Cabral acrescentou que esta demanda por drogas, que estimula a disputa por pontos de venda, tem contribuído para o aumento do contrabando de armas e, por conseqüência, num crescente número de pessoas assassinadas. Cabral destacou, entretanto, que não apresentou o tema para discussão na reunião de hoje uma vez que antes de apresentar uma proposta de mudança legislativa o assunto deve ser discutido em âmbito internacional.




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