A decisão foi tomada depois que novas eleições foram anunciadas pelo governo britânico. O pleito, que se realizará no dia 26 de novembro, vai devolver o controle da região a uma assembléia da Irlanda do Norte.
O líder do Sinn Fein, Gerry Adams, comemorou o comunicado e declarou à imprensa que o IRA se opõe "a todo uso da violência ou ameaça de violência com objetivos políticos".
O partido jamais havia se expressado tão claramente até hoje sobre esta questão. "A posição do Sinn Fein é de compromisso total e absoluto com meios exclusivamente democráticos e pacíficos para resolver as diferenças", acrescentou Adams.
Há um ano, o IRA interrompeu as negociações com a comissão que supervisionava o desarmamento depois que o premiê britânico, Tony Blair, suspendeu a criação de um governo autonomista na Irlanda do Norte. Mesmo com a ruptura de relações, o grupo afirmou que não violaria o cessar-fogo fechado em 1997.
A retomada do processo de desarmamento significaria um passo à frente depois do revés sofrido no Acordo da Sexta Feira Santa, de 1998, que fechou um período de três décadas de sangrentos conflitos entre a maioria protestante e a minoria católica.
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