Os quatro servidores do Senado que violaram o painel eletrônico do plenário a mando do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e do ex-líder do governo na Casa José Roberto Arruda serão punidos com penas de suspensão. O primeiro secretário Carlos Wilson (PPS-PE) decidiu suspender pelo prazo de três meses a ex-diretora do Serviço de Processamento de Dados Senado (Prodasen) Regina Borges e o marido dela, Ivar Alves Ferreira, que também trabalha no órgão.

Foram eles quem mais atuaram para copiar o resultado da votação secreta que cassou, em 28 de junho de 2000, o mandato de então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), por falta de decoro parlamentar. Wilson suspendeu por um mês os demais envolvidos: os servidores Heitor Ledur, que ajudou a montar o sistema que permitiu a violação do painel, e o técnico Hermílio Nóbrega, que forneceu o telefone de Sebastião Gazolla, da empresa que instalou o painel e que ajudou Ivar a alterar o programa de votação.

Os servidores não receberão salário no período em que vigorar as punições, previstas no Estatuto do Servidor Público. O ato de competência exclusiva do primeiro secretário será referendado hoje pelo presidente interino do Congresso, senador Edison Lobão (PFL-MA), e pelos demais integrantes da Mesa Diretora.