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Brasileiro já desembolsou R$ 526 para pagar imposto
Do Diário do Grande ABC
25/01/2011 | 07:15
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O ano mal começou e os brasileiros já sentem o peso dos impostos no bolso. Até o fim da tarde de amanhã, cada brasileiro terá deixado, em média, R$ 526 para os cofres públicos - valor maior que o atual salário-mínimo, que é de R$ 510.

Estimativa do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) mostra que às 17h45 de amanhã o Impostômetro atingirá a marca de R$ 100 bilhões.

A entidade prevê ainda que, a exemplo do que ocorreu em 2010, neste ano haverá nova sucessão de recordes. A previsão do instituto é que a arrecadação atingirá R$ 1,4 trilhão, valor 10% superior ao registrado em 2010, quando o montante acumulou R$ 1,27 trilhão.

O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, enfatiza que mesmo não terminado o primeiro mês do ano, no dia 26 cada brasileiro terá contribuído com R$ 526,29 em tributos para os cofres do governo. "A carga tributária continua alta e tende a aumentar ainda mais neste ano, contrariando os anseios da população, que clama por redução imediata dos impostos", destaca.

CADA VEZ MAIS CEDO

No mesmo período do ano passado a marca foi alcançada no dia 27 de janeiro, portanto, em 2011 o valor será arrecadado um dia antes.

Cada ano o montante é atingido mais cedo. Para se ter ideia, em 2005 o valor foi alcançado no dia 18 de fevereiro; em 2006 no dia 14 de fevereiro; em 2007 no dia 9 de fevereiro, e nos anos de 2008 e 2009 em 2 de fevereiro.

A principal reclamação dos cidadãos é que o pagamento excessivo de impostos não se reverte em benefícios para o contribuinte. A carga tributária brasileira está entre as mais altas do mundo, mesmo assim serviços essenciais, como atendimentos hospitalares públicos, educação e segurança ainda deixam muito a desejar.

BUROCRACIA

Outra dificuldade é a burocracia gerada pelo sistema tributário brasileiro. Estima-se que haja no País cerca de 60 impostos embutidos nos preços de produtos e serviços. Isso sem contar a quantidade de normas que as empresas têm que seguir e que resultam no aumento das despesas e, consequentemente, no preço do produto final.

O Impostômetro, ferramenta eletrônica, desenvolvida pelo IBPT em parceria com a ACSP (Associação Comercial de São Paulo), calcula em tempo real o valor arrecadado pelos governos federal, estaduais e municipais.




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