O ministro sul-coreano de Relações Exteriores, Yoon Yung Kwan, estimou que Washington não dará garantias de segurança à Coréia do Norte, a menos que este país desmonte antes suas instalações nucleares. "É muito importante que a Coréia do Norte dê um passo corajoso e adote uma dinâmica que leve ao que deseja dos Estados Unidos: uma ajuda econômica e uma garantia de segurança", disse Yoon, que pediu "o abandono comprovável e irreversível do programa nuclear".
Pyongyang ameaçou sabotar as discussões com China e Estados Unidos lançadas no mês passado, a menos que Washington aceite de maneira positiva sua proposta de desmantelar seu programa nuclear, em troca de concessões econômicas e diplomáticas. "Não há garantias de que as discussões entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte vão continuar", disse Yoon.
"Neste momento, é muito importante para nós acelerar as conversações para ajudar os que nos Estados Unidos apóiam o diálogo (para resolver a crise)", adiantou Yoon, que também disse ter notado que dois grupos divergem em Washington sobre a conduta a ser seguida em relação à Coréia do Norte.
Negociações - O presidente sul-coreano, Roh Moo Hyun, deve manter uma reunião com seu colega americano George W. Bush na quarta-feira da próxima semana em Washington, a primeira desde que assumiu seu cargo em fevereiro.
Por sua parte, a Coréia do Norte fez um apelo esta quarta-feira à união nacional entre as duas Coréias para quebrar o que o jornal oficial Rodong Shimbun está chamando de "intenção criminosa norte-americana" de iniciar uma guerra de agressão contra o Norte.
As conversações com Pequim estão no momento em ponto morto. A proposta norte-coreana foi rechaçada como uma "chantagem" por parte dos Estados Unidos, que exigem um desmantelamento comprovado das instalações nucleares da Coréia do Norte antes de qualquer negociação substancial, enquanto Pyongyang exige garantias prévias de segurança.
Seul promove uma solução negociada da crise, descartando toda operação militar que possa resultar em represálias norte-coreanas catastróficas para a Coréia do Sul.
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