Após ser alvo de um atentado na noite desta quarta-feira, 13, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a manhã desta quinta-feira, 14, cercado com grades e com fluxo de agentes de segurança. Apesar do clima de tensão, segundo relatos de servidores, o efetivo de segurança da corte não foi reforçado. Na tentativa de retomar as atividades, mesmo em estado de alerta, o prédio do Supremo que fica na Praça dos Três Poderes recebeu até visita de turistas.
Ao longo da manhã, o Estadão presenciou a segurança do STF abordar ao menos um homem que chegava próximo às grades de isolamento do STF. De acordo com um servidor, a segurança está em "alerta máximo" diante de qualquer aproximação suspeita. Segundo relatos, os funcionários teriam assinado um termo ainda na semana passada para que não repassem nenhum tipo de informação.
Nesta quinta-feira, cerca de duas horas após a remoção do corpo de Francisco Wanderley Luiz do local, alheios ao clima de tensão da grade para dentro, turistas chegavam à Praça dos Três Poderes para tirar fotos no principal cartão-postal de Brasília. Pouco antes, a equipe de limpeza da Corte fez a higienização da área próxima à estátua da Justiça.
"A gente só não veio aqui ontem, porque estava chovendo muito. Imagina acontecer isso, o perigo", disse Marcela Leão, moradora de Belo Horizonte, que está visitando Brasília com o marido e a filha de 10 anos. "Imagino que vão ter outros casos isolados assim, porque existe agora um movimento em relação a isso."
Alan Moraes, marido de Marcela, opinou que o acesso ao prédio do STF é muito fácil. "Acho que tem que melhorar a segurança inclusive em termos de monitoramento, ele chegou a postar no Facebook", afirmou.
Na manhã desta quinta-feira, foi possível ouvir uma explosão nos arredores da praça. De acordo com a PM, o estouro ocorreu em decorrência do serviço de desativação que o esquadrão antibombas opera no carro de Francisco Luiz. A PM está desarmando os explosivos para entregar o veículo para perícia. A expectativa é que o trabalho termine no final desta manhã.
Após esse trabalho, a polícia fará uma varredura das "águas pluviais" ao redor da praça, porque há informação de que o homem-bomba tenha passado pelo local. A verificação incluirá tubulações da região para garantir que nenhum artefato tenha sido deixado pelo agressor.
O Estadão questionou o STF a respeito do reforço da segurança, mas não havia obtido uma resposta até a publicação deste texto.
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