O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2022 cresceu 3% em 2022, segundo dados anuais definitivos do Sistema de Contas Nacionais, divulgados nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa anterior, que tinha como base apenas as Contas Nacionais Trimestrais, também estimava um avanço de 3%. Com a revisão definitiva, com base nas informações extras que integram as Contas Nacionais Anuais, o PIB somou R$ 10,1 trilhões em 2022. O PIB per capita foi de R$ 47.802,02.
"O IBGE está reformulando o Sistema de Contas Nacionais, com a alteração do ano base de 2010 para 2021. Com isso, para o ano de 2022, apenas tabelas atualizadas, quando houver informação, e notas técnicas serão publicadas. As estimativas mais detalhadas serão suspensas temporariamente e não incluirão o detalhamento das Tabelas de Recursos e Usos - TRU e pelas Contas Econômicas Integradas - CEI, publicadas anualmente", alertou o IBGE, em nota.
Sob a ótica da oferta, a variação do PIB da indústria de 2022 em relação a 2021 foi de uma alta de 1,5%, e o PIB de serviços teve um aumento de 4,3%. Já o PIB da agropecuária registrou queda de 1,1% em 2022.
Os serviços contribuíram com 2,8 pontos porcentuais para o crescimento do PIB em 2022, e a indústria impactou em 0,4 ponto porcentual.
"Os serviços, além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cresceu. As duas atividades de serviços com maior destaque foram as que mais cresceram em 2021, após a queda de 2020: Transportes e Outros Serviços, que inclui categorias de serviços pessoais e serviços profissionais. Foi uma continuação da retomada da demanda pelos serviços após a pandemia de covid-19", justificou o IBGE, em nota.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,1% em 2022, e o consumo do governo avançou 2,1%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma expansão de 1,1%, após ter aumentado 12,9% em 2021. A taxa de investimentos foi de 17,8% em 2022.
"Se pela ótica da oferta quem puxou foi o setor de Serviços, na ótica da demanda foi o Consumo das Famílias. É importante dividir a demanda interna do setor externo, pois dos 3,0% do crescimento, 2,1 p.p. foram da demanda interna principalmente do consumo das famílias, e 0,9 p.p. da demanda externa, que também subiu, já que as exportações brasileiras de bens e serviços cresceram mais do que as importações", acrescentou a nota do IBGE.
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