Cultura & Lazer Titulo
Um século de Amazônia
Ana Carolina Rodrigues
Da TV Press
05/11/2006 | 21:06
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Falta menos de dois meses para a estréia da minissérie Amazônia – De Galvez a Chico Mendes. A data prevista é 2 de janeiro. Mas antes mesmo de a atração ganhar as telas da Globo, os números da trama escrita por Glória Perez e dirigida por Marcos Schechtman já impressionam.

Durante os 72 dias de trabalhos no Acre e no Amazonas, 350 cenas foram gravadas com a participação de 150 profissionais da emissora. Para que isso fosse possível, o canal carioca enviou para o norte do país pelo menos 20 toneladas de equipamentos e mais 16 mil peças de figurino confeccionadas especialmente para o folhetim de Glória Perez.

Tal importância dada ao figurino tem razão de ser. Amazônia – De Galvez a Chico Mendes percorrerá 100 anos da história da Amazônia, e será retratada a belle époque do ciclo da borracha. Em quase 50 capítulos previstos, a história parte da saga de duas famílias, uma de seringueiros (trabalhadores que extraem o látex da árvore seringueira) e outra de seringalistas (donos de seringais). É o retrato da história do Acre, da decadência da borracha e da transformação dos seringais em pastos. Pode ser que muitos não saibam, mas no início do século XX, a capital do Amazonas era a cidade brasileira mais desenvolvida e uma das mais prósperas do mundo graças ao investimento obtido com as fortunas da venda do látex. Manaus foi uma das primeiras cidades a contar com luz elétrica e galerias pluviais, por exemplo.

Por toda essa efervescência, Manaus ganhou construções como o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça e do Rio Negro e o prédio da Alfândega, locais que serviram de locações para algumas das gravações de Amazônia – De Galvez a Chico Mendes.

Daí a explicação para os figurinos elegantes combinados com belas jóias que desfilarão na tela em personagens de Deborah Bloch, Christiane Torloni, Malu Valle, Leona Cavalli e Vera Fischer.

A partir da próxima segunda, dia 13, elenco e equipe de produção começam as gravações nas cidades cenográficas e estúdios do Projac, no Rio. Mas certamente as imagens captadas nas florestas, rios e igarapés são as que mais devem chamar a atenção do público a partir de janeiro.

Mesmo com uma superprodução e estrutura invejável, as gravações na floresta não foram fáceis. “Sofremos as mesmas dificuldades que os pioneiros da Amazônia. Como os rios só têm navegabilidade durante três meses ao ano, só era possível receber mantimentos neste período. Por isso, eles tinham de fazer provisões para o ano inteiro”, afirma Schechtman.

Enquanto a maior parte das cenas nos rios foi gravada em Manaus, porque as águas não estavam tão baixas, o Acre foi o cenário escolhido para a construção das cidades cenográficas de Puerto Alonso e Porto Acre. Quixadá, por sua vez, foi o lugar eleito para abrigar a vila do seringal, local que servirá de palco para importantes cenas da minissérie.

História – A trama começa no fim do ano 1899 com o advogado José Ramalho (Juca de Oliveira) que, sem derramar uma gota de sangue, expulsou bolivianos do território nacional. O outro herói retratado é o espanhol Galvez (José Wilker), que declarou o Estado Independente do Acre. Já na segunda fase, a partir de 1980, a TV será tomada pela história de luta do seringueiro Chico Mendes (Cássio Gabus Mendes).



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