Falta de pressão na rede de água e conseqüente desabastecimento das casas situadas em áreas altas. Esse é o problema enfrentado por quem mora na rua Inês de Menezes Maracandalli, no bairro Assunção. De acordo com moradores da região, a falta de água virou rotina ao longo do ano, mas se agrava ainda mais no verão. Nos últimos três meses, afirmam, o corte no fornecimento começa às 10h e a situação só se normaliza por volta das 17h.

“É preciso acordar cedo para lavar roupa, louça e limpar a casa. Às vezes, a gente passa nas ruas lá de baixo e já tem água. Aqui, só vem no início da noite e a água começa a subir nas caixas por volta das 23h. Tem pouca pressão”, disse a dona-de-casa Lídia Leme Oliveira, 44 anos. “No verão passado também foi assim”, completou.

Segundo a dona-de-casa Marinete Ferreira de Lima, 47, há três anos, ocasião em que o sistema de água e esgoto da cidade era controlado pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto), o bairro passou por situação semelhante. “De tanto reclamarmos, resolveram.”

A vizinha de Marinete, Vera Lúcia Boscolo, 47, conta que em dezembro notou que os ponteiros do hidrômetro giravam sem que a água saísse das torneiras. “Reclamei e fizeram um abatimento na conta posterior.”

Para Vera Lúcia, a escassez começou com a expansão do bairro. “Algumas indústrias também vieram para cá. Deviam ter ampliado a rede de distribuição”, avalia. Ela mora no bairro há 24 anos.

A Sabesp informou que o bairro é abastecido pelo reservatório do Batistini, que apresenta falhas no abastecimento, principalmente nos pontos mais altos e distantes do reservatório. Informa ainda que o problema ocorre por causa do crescimento rápido e desordenado do bairro, de sua topografia elevada e da existência de ligações clandestinas, o que torna as redes de distribuição incapazes de comportar a demanda. A empresa prometeu instalar nesta quarta-feira na rua Inês de Menezes Maracandalli um equipamento que registrará durante uma semana as condições de abastecimento.