Um grupo de hackers iraniano tentou invadir contas do WhatsApp de funcionários da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da campanha presidencial do ex-mandatário Donald Trump, segundo um relatório divulgado pela Meta Plataforms nesta sexta-feira, 23.
A Meta apontou que descobriu a rede de hackers após denúncias de indivíduos que receberam contatos de supostos funcionários de empresas como AOL, Microsoft, Yahoo e Google para suporte técnico. Os investigadores da Meta vincularam a tentativa de invasão com um outro ataque cibernético contra a campanha de Trump no começo de agosto, que divulgou relatórios internos da campanha sobre o senador J.D. Vance, companheiro de chapa de Trump.
O FBI destacou nesta semana que um ataque hacker contra a campanha de Trump e uma tentativa de violação da administração de Joe Biden faziam parte de um esforço iraniano mais amplo para interferir nas eleições presidenciais dos EUA.
Um comunicado divulgado na sexta-feira pela Meta apontou que os hackers tentaram atingir contas do WhatsApp de indivíduos no Oriente Médio, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
"Não vimos evidências de comprometimento das contas do WhatsApp, mas com muita cautela, estamos compartilhando nossas descobertas publicamente, além de compartilhar informações com as autoridades policiais e nossos pares do setor", disse Meta em um comunicado.
Ataques cibernéticos
Em um relatório publicado no começo de agosto, o braço de inteligência de ameaças do Google afirmou que o mesmo grupo iraniano, ligado à Guarda Revolucionária do País, tentou se infiltrar nas contas de e-mail pessoais de cerca de uma dúzia de pessoas ligadas a Biden e Trump desde maio. Esse relatório expandiu um estudo separado divulgado dias antes pela Microsoft que revelou suspeita de interferência cibernética iraniana nas eleições presidenciais deste ano.
Autoridades de inteligência dos EUA apontam que o uso cada vez mais agressivo de ataques cibernéticos e desinformação pelo Irã tem vários motivos: confundir e polarizar os eleitores em um esforço para minar a confiança na democracia dos EUA, minar o apoio a Israel e opor-se a candidatos que Teerã acredita que aumentarão a tensão entre Washington e Irã.
O Irã jurou vingança contra Trump, cuja administração pôs fim a um acordo nuclear, reimpôs sanções e ordenou a morte do general iraniano Qassem Soleimani em 2020.
Em julho, a diretora da Inteligência Nacional, Avril Haines, disse que o governo do Irã forneceu apoio aos grandes protestos em universidades americanas em oposição a guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas em Gaza. Grupos ligados a Teerã se passaram por ativistas online, encorajaram manifestações e forneceram apoio financeiro a alguns grupos./AP
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