Em 2021, milhares de brasileiros voltaram os olhos para as disputas de uma modalidade que fazia sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio: o skate. Naquela edição, o País se revelou ao público como uma potência sobre rodinhas ao conquistar três medalhas de prata. Pedro Barros, Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, que acabou se tornando um dos maiores símbolos esportivos brasileiros nos últimos anos - subiram ao pódio olímpico e colocaram o esporte urbano no radar dos aficionados pelos Jogos.
Em Paris-2024, o skate está de volta, trazendo novamente esperança de medalhas para o Brasil. Inicialmente, a estreia estava marcada para sábado, com o street masculino. Mas a categoria foi adiada para segunda-feira. Neste domingo, a modalidade iniciará sua trajetória na capital francesa com o street feminino.
Confira abaixo as diferenças entre as duas categorias da modalidade:
SKATE STREET
Como o próprio nome diz, remete às origens urbanas da modalidade. O local de competição remonta o cenário da rua, como se os atletas estivessem fazendo suas manobras em meio a uma cidade. Obstáculos como corrimãos, rampas e bancos são colocados para que os skatistas façam seus movimentos e conquistem notas altas, que são dadas por jurados.
Para somar pontuações, os competidores realizam duas voltas de 45 segundos na pista e têm cinco chances de apresentar suas manobras mais fortes. A pontuação conseguida na melhor volta é somada às duas maiores notas da apresentação.
As notas são subjetivas, concedidas de maneira semelhante a de outros esportes, como a ginástica artística. Os juízes possuem critérios como a execução das manobras, a velocidade e o estilo. Outros fatores, como criatividade e dificuldade, também são levados em consideração.
É nesta categoria que competem grandes nomes como Rayssa Leal e as pioneiras Letícia Bufoni e Pâmela Rosa. Kelvin Hoefler, prata em Tóquio assim como Rayssa, também disputa o street. Mundialmente, a modalidade também tem como destaques as atletas Momiji Nishiya e Yuto Horigome.
SKATE PARK
No park, o objetivo é realizar manobras e transições entre as várias rampas do bowl - nome em referência ao formato de tigela que a pista possui -, fazendo uso também das bordas horizontais da arena. Nesta modalidade é que são feitos os famosos "aéreos", em que o esportista salta para fora da pista e realiza giros.
Na competição, os skatistas devem realizar três voltas, cada uma de 45 segundos. A maior nota entre as três é considerada. Os atletas usam a inclinação das rampas do bowl para ganhar impulso e a gravidade para adquirir velocidade. Nesta categoria, a altura também é um critério analisado, assim como a amplitude dos movimentos e os demais requisitos já considerados no street.
No park, o Brasil tem atletas como Pedro Barros, medalhista em Tóquio; Augusto Akio, conhecido pelo apelido "Japinha"; e Raicca Ventura. No cenário internacional, está Sky Brown, skatista de 16 anos que compete pela Grã-Bretanha; e Keegan Palmer, australiano que foi campeão olímpico da categoria.
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