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Ala do PSDB ligada a Nunes tenta lançar nome alternativo a Datena
24/07/2024 | 07:20
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A declaração do apresentador José Luiz Datena (PSDB) de que poderia desistir de disputar a eleição e nem sequer ir à convenção que confirmaria sua candidatura a prefeito de São Paulo no próximo sábado estimulou uma ala do PSDB que defende o apoio do partido ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) a reagir.

O grupo planejou, na tarde de ontem, lançar o ex-presidente municipal Fernando Alfredo como pré-candidato e disputar no voto a indicação contra Datena na convenção. A articulação ganhou força após Alfredo chamar Datena para um debate na semana passada e o apresentador responder que ele deveria se candidatar a prefeito em 2028 caso queira debater, conforme mostrou a Coluna do Estadão.

O presidente nacional da sigla, Marconi Perillo, porém, reagiu à declaração de Datena. Ele disse que o apresentador tem todo respaldo e segurança do partido. "Não há qualquer risco de a candidatura não ser homologada pelas Executivas da federação e do partido. O Datena terá apoio integral nos dois colegiados, que são quem vão escolher o candidato. Isso elimina qualquer possibilidade de sacanagem. Entre desistir e ser prefeito, ele está muito mais próximo de ser prefeito", afirmou Perillo.

Ontem, logo depois da manifestação de Perillo, Datena disse ao Estadão que será candidato a prefeito, mesmo diante da movimentação de uma ala do partido para contestar sua candidatura. Com isso, o jornalista afirmou que concorrerá no pleito de outubro.

Biden

Na segunda-feira, em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Datena declarou que poderia recuar da candidatura, a exemplo do presidente americano, Joe Biden, se não houvesse consenso no PSDB em torno do nome dele.

Aliado de Datena, o presidente do PSDB paulistano, José Aníbal, tratou o movimento da ala tucana apenas como "provocação" e disse que quem apoia o atual prefeito "nada tem a ver com o PSDB e hoje são bolsonaristas".

É a quinta vez que Datena se lança como pré-candidato. Nas quatro anteriores, recuou sob a justificativa de ter sido vítima de "sacanagens" de integrantes dos partidos aos quais estava filiado. Ele realizou a primeira agenda de pré-campanha na semana passada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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