Nem mesmo a possibilidade de o PV ganhar destaque no cenário nacional com a provável candidatura à Presidência da senadora Marina Silva deve mudar a decisão da deputada estadual Vanessa Damo de deixar o partido. A parlamentar alega que sofre "perseguição" por parte da executiva da sigla e, por isso, é cada vez mais remota a possibilidade de concorrer à reeleição pela legenda.

"Minha questão de repensar e analisar se saio, tem a ver com a perseguição que tenho enfrentado, questões pessoais e decisões do partido que me lesaram muito", justificou.

Para a parlamentar, a chegada de Marina não mudará questões locais do PV. "Ela é uma grande liderança política, além de uma pessoa com uma conduta exemplar. Qualquer partido ganharia muito com ela e o PV, que tem essa bandeira forte de meio ambiente, pode ganhar ainda mais. No entanto, não muda a minha situação. Meu descontentamento está vinculado com a questão regional."

A legislação eleitoral permite que Vanessa decida até o fim de setembro se permanece no PV ou se troca de legenda, sem ter necessidade de entregar o mandato por infidelidade partidária. O parlamentar pode trocar de partido até um ano antes do novo pleito.

Novo lar - Sem dar dicas sobre qual deve ser o seu caminho, Vanessa justifica que atualmente está centrada em terminar bem seu mandato na Assembleia Legislativa. Apesar de não confirmar, a parlamentar manteve reuniões com o PCdoB, PSDB, PTB e PMDB. O partido comunista seria um dos quais a verde mais teria se identificado. No entanto, o fato de manter relações estreitas com o governador tucano José Serra teria dificultado as negociações.