O PSDB de Ribeirão Pires vai apoiar o pré-candidato Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). A decisão saiu ontem, após a maioria dos integrantes do diretório votar a favor da composição. O peemedebista Saulo Benevides (PMDB) também estava no páreo pela adesão. Com a aliança anunciada, os tucanos entram na briga pela vice do popular-socialista. Porém, o posto já teria sido definido para a ex-secretária de Educação e Inclusão Social Rosi de Marco (PV).

Ela seria anunciada na quarta-feira, durante a reunião com os presidentes dos partidos aliados, mas a oficialização foi adiada não atrapalhar nas negociações para atrair os tucanos. A verde será sacramentada como dona da vaga na semana que vem, após conversas com o tucanato. A escolha foi feita pela boa avaliação dos serviços prestados pela Pasta no decorrer da gestão e por Rosi estar no governo desde o primeiro mandato do prefeito Clóvis Volpi (PV).

A decisão no ninho tucano saiu depois de uma disputa acirrada na executiva municipal e no grupo de pré-candidatos a vereador. A primeira reunião ocorreu entre o cinco dirigentes da sigla e deu empate: dois eram favoráveis a compor com o governo, dois apoiavam a ideia de ficar com o PMDB. Cezar de Carvalho, que até então era o nome tucano para disputa pela Prefeitura, se absteve da decisão.

Na quarta-feira foi a vez de os pré-candidatos manifestarem suas posições e deixar a situação ainda mais indefinida. Entre os 12 presentes, o placar voltou a ficar empatado. Com as indefinições, o diretório foi convocado para chegar ao veredicto.

O PSDB municipal não divulgou os números da votação.Somente que Dedé venceu na preferência do diretório – formado por 39 pessoas. Cezar não votou. Ele só iria intervir caso um novo empate ocorresse. Nos bastidores, comenta-se que, caso a escolha ficasse para o tucano, o popular-socialista também seria o beneficiado.

Cezar destacou o bom relacionamento entre PSDB e PPS nas escalas nacional e estadual. “Eles são parceiros. Isso pesou, pois eles são oposição em Brasília junto com a gente e também estão no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) participando inclusive com secretaria (Davi Zaia, presidente estadual do PPS é secretário de Emprego e Relações do Trabalho)”, considerou.

No caso de Ribeirão, a parceria vai além das afinidades partidárias. Cezar é amigo de Gemecê de Menezes, presidente do PPS e pai de Dedé. Os dois têm relação amical há décadas. O bom relacionamento entre eles, segundo fontes ouvidas pelo Diário, foi outro fator levado em conta pelos tucanos no momento da escolha.

Dedé comemorou a conquista de mais um aliado – atualmente sua base conta com nove siglas. “É um partido muito importante, pois a eleição será muito acirrada. O peso será de grande importância para nossa pré-candidatura. Nos fortalece”, avaliou o pré-candidato.

O presidente do PSDB na cidade, Marcos Tibério Manoel, ressaltou a disposição em colaborar no plano de governo. “Viemos para o Dedé para tentar ajudá-lo”, ressaltou o comandante tucano.

CONVERSA - Ontem pela manhã, o prefeito Clóvis Volpi (PV) chamou Cezar para uma conversa no seu gabinete. No encontro foram oferecidas duas secretarias ao PSDB em troca do apoio ao pré-candidato do governo. “O Clóvis gostaria que ficássemos no governo desde já, mas mostramos razões que não podemos aderir neste momento”, ponderou o tucano.

Aliança PSDB-PPS atrapalha projeto petista, diz tucano

Cezar de Carvalho (PSDB) disse que abdicou de sua pré-candidatura ao Paço de Ribeirão para não colaborar com uma possível vitória do PT na cidade. Segundo estudos encomendados pelo partido, o tucano rouba votos de Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), e de Saulo Benevides (PMDB), pré-candidatos ao Executivo e adversários dos petistas.

“Se tomasse a atitude de manter minha pré-candidatura, o PT teria mais chances de ganhar”, garantiu o tucano. Ontem o PSDB anunciou apoio ao popular-socialista.

Cezar avaliou que os eleitorados são parecidos, por isso o projeto majoritário do PSDB poderia ajudar à pré-candidata petista Maria Inês Soares. “O reduto se confunde muito entre nós três. Uma quarta candidatura dividiria ainda mais os votos”, avaliou.