Em segundos, os corredores do colégio Netivei Jaim, uma escola secundária religiosa para rapazes em um bairro no norte de Jerusalém, foi tomado rapidamente por alunos que seguiam as ordens dos alto-falantes e corriam em direção aos abrigos contra os ataques iraquianos.
Cenas parecidas foram repetidas em todas escolas do país na quarta-feira, dia de treinamento para os estudantes, que corriam para os refúgios e aprendiam a colocar as máscaras de gás nos três minutos que seguem ao alerta de um bombardeio aéreo.
O clima de iminente ofensiva militar americana contra o Iraque tem gerado em Israel o temor de um novo ataque de mísseis Scud iraquianos, assim como aconteceu na Guerra do Golfo de 1991, quando 39 desses artefatos, equipados com ogivas convencionais, atingiram várias cidades israelenses deixando dois mortos e centenas de feridos.
Agora o governo israelense teme que Bagdá utilize ogivas químicas ou bacteriológicas capazes de causar milhares de mortes.
Em uma das salas fechadas hermeticamente, com plástico e fita adesiva, da escola Netivei Jaim, havia um clima de alegria por causa das conversas animadas de cerca de 50 jovens que estavam no local.
Supostamente isolados de eventuais ataques com agentes tóxicos, os alunos permaneceram no local conversando ou jogando cartas.
"O risco de um ataque com mísseis é muito pequeno, principalmente aqui em Jerusalém", explicou a ministra da Educação, Limor Livnat, para um grupo de pais de alunos que acompanharam o exercício.
"Estou segura de que não teremos a necessidade do nível de preparação que vocês estão vendo aqui", acrescentou, "mas todos os israelenses, inclusive as crianças, têm que saber o que fazer em caso de emergência".
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