O Mercoparts (Conselho de Fabricantes de Autopeças do Mercosul) deve prorrogar o prazo para definir uma pauta de diretrizes para o setor nos quatro países que formam o Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, segundo Paulo Butori, presidente do Sindipeças e também do Mercoparts.
"Vamos nos estruturar melhor para discutir políticas comuns que beneficiem a indústria automotiva dos quatro países. Já encomendamos um estudo detalhado dessa estrutura, que deve ficar pronto até o final deste ano", afirmou o empresário.
Segundo Butori, a idéia é especializar cada região do Mercosul em uma produção específica. "Queremos que cada país se especialize em determinados produtos, tanto autopeças como veículos, otimizando nossa capacidade e melhorando a qualidade da produção como um todo", afirmou.
Depois de definida essa pauta comum, o Mercoparts passaria a discutir suas demandas com cada governo. "A partir dessas diretrizes, vamos apresentar uma pauta detalhada aos governos do que será necessário fazer para integrar nossa indústria", afirmou.
Exportações – As exportações brasileiras, no entanto, na avaliação de Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea, só devem ganhar um impulso forte com o avanço das negociações internacionais, que por enquanto estariam "paralisadas" aguardando a rodada de negociações de Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio), em 2006, que definirá novas diretrizes para o comércio internacional em diferentes setores.
"Já estamos vendo os efeitos dessa rodada da OMC. Nenhuma negociação de comércio exterior tem avançado sensivelmente. Todos aguardam o que será definido em Doha", afirmou.
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