A Justiça de Genebra recebeu um novo lote de documentos sobre movimentações do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e de parentes dele na Suíça e em outros países. O pedido enviado aos bancos – para que remetessem as informações sobre o clã Maluf – tem o objetivo de montar um mapa da origem e destino do dinheiro mantido pela família na Suíça. A Justiça brasileira poderá ter acesso à documentação, se fizer um requerimento oficial.
O objetivo da investigação é saber se o ex-prefeito usou a praça financeira de Genebra para lavar dinheiro. Se isso ocorreu, Maluf poderá ser convocado a depor na Suíça. "Vou agora estudar a documentação e ver quais serão os próximos passos a ser tomados", afirmou o juiz encarregado do caso e que solicitou a documentação bancária, Claude Wenger.
Wenger não revela as instituições financeiras envolvidas nessa fase da investigação nem o conteúdo dos extratos bancários. No primeiro dossiê montado sobre o ex-prefeito e a família dele, porém, havia documentos de instituições como UBS, Citibank e Banque Cantonal de Vaud.
Essa é a segunda vez que os suíços pedem os extratos de Maluf. Pela lei suíça, os bancos são obrigados a fornecer as informações quando há suspeita de lavagem de dinheiro, mas, na primeira solicitação, há dois anos, eles entregaram documentos que não revelavam detalhes das transações. Além disso, grande parte dos recursos havia sido transferida para a Ilha de Jersey, no Canal da Mancha. O foco principal dos suíços é indiciar Maluf por lavagem de dinheiro. No fim de 2004, os juízes questionaram os advogados do ex-prefeito sobre a possibilidade de Maluf comparecer perante a Corte de Genebra. Segundo o Departamento de Justiça da Suíça, a resposta por parte dos representantes do ex-prefeito foi positiva. Antes disso, porém, os suíços vasculharão a nova documentação recebida.
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