"Contamos com o fechamento de Yongbyon quando Coréia do Norte e a AEIA (Agência Internacional de Energia Atômica) chegarem a um acordo sobre como controlar o processo de encerramento", explicou o emissário americano em uma escala neste sábado em Tóquio.
"Esperamos que isto ocorra logo, provavelmente no prazo de três semanas", disse Hill, após uma visita surpresa de um dia à capital norte-coreana, que ele mesmo qualificou de "muito positiva".
A chegada dos inspetores da AIEA à Yongbyon, a convite do regime de Kim Jong-il, é a primeira etapa do plano para encerrar o programa nuclear norte-coreano, acertado nas negociações de fevereiro passado em Pequim.
O acordo, firmado por Coréia do Norte, Coréia do Sul, Estados Unidos, China, Japão e Rússia, prevê o completo desmantelamento das instalações nucleares norte-coreanas em troca de importante ajuda energética.
O reator de Yongbyon, um modelo que data da era soviética, produz plutônio.
A iminente missão da agência nuclear das Nações Unidas será a primeira na Coréia do Norte desde dezembro de 2002, quando Pyongyang expulsou os inspetores, após ser acusado pelos Estados Unidos de estar desenvolvendo secretamente um projeto de enriquecimento de urânio, ignorando o acordo bilateral de 1994.
Pyongyang qualificou neste sábado a visita de Hill de "produtiva", por meio do porta-voz do ministério das Relações Exteriores, citado pela agência oficial KCNA.
Em sua visita, Hill se encontrou com o novo ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Pak Ui-chun, e com o negociador nuclear, Kim Kye-gwan.
"As duas partes (...) fizeram um profundo intercâmbio de pontos de vista sobre as ações que cada um deve adotar durante a próxima fase", disse o porta-voz norte-coreano.
O funcionário também destacou que ficou acertada a retomada das negociações entre os seis países a partir do próximo mês.
Hill espera um contato entre os ministros das Relações Exteriores dos seis países antes do final de julho.
O enviado americano tratou de tranqüilizar os japoneses sobre um eventual isolamento de Tóquio diante da aproximação de americanos e norte-coreanos, afirmando que não há "qualquer risco para as relações entre Japão e Estados Unidos".
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