O jornal The New York Times traz artigo em sua sessao de negócios sob o título "Cenário de longo prazo para o Brasil é chamado de brilhante". Segundo o autor, Jonathan Fuerbringer, aparentemente muitos investidores perderam a forte recuperaçao da Bolsa e dos títulos brasileiros. Ele lembra que a Bolsa subiu quase 71% este ano e os preços dos bônus dispararam, pressionando o juro do papel que vence em 2027 para 12,6%, de 16,9% há apenas dois meses.

Jay Pelosky, estrategista de mercados emergentes da Morgan Stanley Dean Witter, que recomendou a volta ao mercado brasileiro em meados de março, diz ao New York Times que está apostando num recuo dos juros e na estabilizaçao da moeda. "A inflaçao nao será uma ameaça", disse. Ele alerta, contudo, que o mercado acionário deve fazer uma pausa agora, embora seja uma boa opçao para o longo prazo.

Como Pelosky, Ernest Brown, economista-chefe para a América Latina do Morgan Stanley, nao espera uma forte valorizaçao do real. Brown projeta alta de apenas 3% para a moeda até o fim do ano.

Arturo Porzecanski, economista-chefe para América do ING Barings, por sua vez, diz ao jornal que o mercado de bônus é, por ora, uma aposta mais interessante do que a bolsa. Com a melhora na expectativa sobre o risco Brasil, os juros devem recuar mais antes que a economia se recupere e o lucro das empresas tenha reflexos no desempenho da Bolsa, afirma.