Árvore atingiu duas casas na quinta-feira (25), e Defesa Civil teria ido ao local somente na segunda
Morador da Vila Niwa, em Rio grande da Serra, denuncia falta de assistência da Prefeitura após uma árvore atingir duas casas. O acidente aconteceu na quinta-feira (25), por volta das 10h, quando a espécie caiu sobre o telhado das residências após forte chuva no município.
Carlos Santos da Silva, 30 anos, estava trabalhando quando sua casa foi atingida pela árvore de grande porte. Sua esposa, Rebeca Caroline Ferreira, 21, e sua filha, de 1 ano, Anna Laura Ferreira dos Santos, estavam na casa de uma vizinha no momento do acidente. O tronco e diversos galhos caíram no quarto do casal, e as telhas da residência ficaram quebradas.
“Assim que soube da situação acionei a Defesa Civil, porém, eles só aparecem no local quatro dias depois, na segunda-feira (29). Com ajuda dos vizinhos recolhemos as folhas e os galhos, e refizemos o telhado da casa no domingo (28)”, conta o morador, que é líder comunitário do local.
Essa não foi a primeira vez que a comunidade Buraco do Sapo, como é conhecida, sofre as consequências de temporais. Silva afirma que há menos de três meses, outra árvore caiu próximo a uma residência onde moram cinco crianças.
“Em dezembro do ano passado, solicitei pessoalmente a liberação da poda de árvore no local ao secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Vinicius Carvalho Amante. Ele não liberou o corte, pois, disse que é uma região de proteção ambiental. A comunidade existe há mais de 30 anos, estamos em processo de regularização fundiária, é um terreno público com muitas árvores secas. A Prefeitura só liberou a poda de quatro espécies, sendo que existem outras com risco iminente de cair”, diz o líder comunitário.
Silva ressalta ainda que o serviço de corte é necessário para o local por conta da segurança dos moradores. “Não queremos desmatar nenhuma área protegida, mas é necessário cortar as árvores que estão secas e velhas para que elas não caiam quando chover muito forte”, pontua.
"Considero as árvores centenárias como espécies de vidas. Então é preciso respeito pelas árvores, mas o órgão competente precisa intensificar este auxílio para que não aconteça o pior", adiciona Maria José, também líder comunitária na área desde 2019.
RESPOSTA
A Prefeitura de Rio Grande da Serra disse que a Defesa Civil do município não recebeu nenhum chamado do acidente. Segundo afirma o Paço, na sexta-feira (26), um funcionário da administração teria questionado se o departamento foi acionado por alguma ocorrência de queda de árvore.
“Questionamos sobre o local, e o funcionário apenas nos mostrou o vídeo que enviaram a ele. No material, ficou visível que houve danos materiais, sem vítimas, ainda sem saber o endereço e sem nenhum tipo de contato com nosso departamento até hoje”, pontuou.
Sobre a poda das árvores no local, a Prefeitura explicou que a Defesa Civil e a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, acompanham a situação no local. “É uma área invadida e em constante desmatamento. Nosso departamento vem orientando os moradores a evitarem cortes em barrancos, como tentativa de exterminar as árvores, deixando as espécies enfraquecidas”.
“As tentativas dos moradores de solicitarem autorização de supressão são constantes, como essa área está em processo judicial, não podemos ceder tais liberações. Em caso de grandes galhos sobre residências, os munícipes foram orientados a retirar sem que suprimisse a árvore, para que não fosse caracterizado como desmatamento do local”, finalizou a Prefeitura.
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