Desde segunda-feira, técnicos subiram e desceram pelos elevadores com equipamentos de som e de iluminaçao, passando pela portaria e pelo andar onde funciona o Contru e onde fica o escritório de Venturelli. Ainda assim, Venturelli disse, na sexta-feira à tarde, que só tomou conhecimento do evento na sexta-feira.
"Ele nos tratou bem e ficou toda a tarde conosco", disse um dos promotores do evento, Phill Minglin. Ele estava mais irritado com o administrador do prédio do que com a atitude do diretor do Contru. Furtado nao foi localizado por ele na sexta-feira para explicar porque autorizou a utilizaçao do terraço sem o conhecimento da prefeitura. "Ele nos disse que ocorreram outras festas aqui e que isto era comum."
Os organizadores aguardavam a presença de 1.500 pessoas e tiveram um grande prejuízo por causa da interdiçao de última hora. Mesmo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sabia da realizaçao da festa havia duas semanas. Os organizadores haviam avisado para que nao houvesse problemas de trânsito na Rua Líbero Badaró, no Centro, onde fica uma das entradas do Edifício Martinelli.
Com o cancelamento da festa, vários dos organizadores ficaram até a madrugada em frente do prédio para avisar aos convidados que chegavam sem saber o que ocorrera. Dois carros da Guarda Civil Metropolitana montaram guarda na portaria para garantir que a determinaçao de Venturelli fosse cumprida.
Outro dos organizadores do evento, Mário Gasparini, lamentou que o evento nao pudesse ocorrer no Martinelli. De acordo com ele, a idéia das festas é tirar do papel a revitalizaçao do Centro, fazendo com que as pessoas conheçam lugares históricos da cidade, lugares a que a maioria da populaçao nao costuma ir. "Nossa intençao é levar as pessoas para conhecer espaços que hoje estao desvalorizados pela cidade", disse. "Nossa última festa foi em uma fábrica do início do século, na Mooca."
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