Uma sombra paira sobre as perspectivas de qualidade na educação pública no Grande ABC. A constatação de que houve queda real no repasse do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) entre os anos de 2022 e 2023 para as sete cidades, quando descontada a inflação do período, é motivo de séria preocupação. Este dinheiro é vital para o funcionamento das escolas. A redução de recursos destinados ao ensino básico nas sete cidades da região pode ter impactos significativos no aprendizado de milhares de estudantes. É necessária mobilização da sociedade para obrigar o governo federal a recompor os valores para 2024.
Em 2022, mostra reportagem publicada nesta edição do Diário, a União transferiu aos sete municípios R$ 1,11 bilhão e, em 2023, o envio foi de R$ 1,13 bilhão. Apesar da alta nominal de 1,89%, o valor atual foi corroído pela inflação de 4,62% medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). É uma tragédia. A falta de investimento adequado compromete a infraestrutura escolar, a capacitação dos professores e a implementação de metodologias inovadoras. A consequência direta é a potencial deterioração da qualidade do ensino, prejudicando o desenvolvimento intelectual e social dos alunos, com efeitos deletérios a serem observados nas próximas décadas. A situação precisa ser revertida.
Necessário lembrar que a diminuição nos repasses do Fundeb pode resultar em sobrecarga para os educadores, que já enfrentam desafios consideráveis em suas atividades diárias. A valorização dos profissionais da educação é fundamental para manter corpo docente motivado e comprometido, refletindo diretamente na qualidade do ensino oferecido. Neste contexto, é imperativo que autoridades, gestores educacionais e a sociedade civil se unam em busca de soluções efetivas para reverter essa tendência preocupante. A educação é a base para o desenvolvimento sustentável de qualquer sociedade. O Grande ABC não pode permitir que o seu progresso educacional seja prejudicado.
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