"Eles nao podem afirmar isso. Os agentes só podem utilizar armas de fogo como auto-defesa ou para defender a vida de outras pessoas. A açao durou três minutos, durante os quais os agentes entraram e saíram da casa afirmando 'estamos aqui, mantenham-se afastados'".
Elián e seu pai, Juan Miguel Gonzalez, estiveram separados por cerca de cinco meses, vivendo uma disputa internacional pela custódia e foram transformados em heróis nos Estados Unidos e em Cuba. O encontro foi realizado sábado na base aérea de Andrews, fora de Washington, apenas algumas horas após o resgate do menino, pelos agentes federais, da casa de seus parentes em Miami, que cuidavam do menino mas se negaram a entregá-lo ao pai.
Agora que Juan Miguel recuperou a custódia do filho, ele se prepara para enfrentar uma nova batalha para retornar a Cuba com a família. Ele pretende continuar nos Estados Unidos até que a possibilidade de que os parentes do menino obter a custódia de Elián seja definitivamente eliminada. Os parentes de Elián foram a Washington sábado e deram uma entrevista neste domingo falando da angústia de serem afastados do menino.
"Demos à criança tudo que uma criança pode precisar, como qualquer criança deste país", disse o tio-avô de Elián, Lázaro Gonzalez, que tentou ver o garoto na base aérea de Andrews, sábado. "Eles nao nos deixam vê-lo", disse por meio de um intérprete. "Nós nao vimos seu sorriso, aquele sorriso que todos viram durante meses na televisao e nos jornais".
O senador republicano Bob Smith, de New Hampshire, está falando pela família desde sua chegada a Washington, na tarde de sábado. Ele acusa seu próprio partido de nao defender o menino com a força necessária. "Tenho vergonha de meu partido, o partido Republicano, que nao protegeu este garoto", disse. Vários membros da oposiçao denunciaram que o governo estava manipulando o caso.
A prima de Elián, Marisleysis Gonzalez, apareceu segurando um cartaz com a foto de Elián no colo de um parente sob a mira da arma de um dos agentes federais com as palavras "federais abusam de criança".
O 11ª corte de apelaçao de Atlanta deve ouvir as testemunhas do caso no dia 11 de maio para decidir se Elián pode pedir asilo no país sem a permissao de seu pai e se o serviço de imigraçao deveria ter entrevistado o garoto para determinar qual era seu desejo. Segundo especialistas, nao há previsao para o fim do caso.
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