O presidente iraquiano, Jalal Talabani, em visita à França, se negou a comentar a condenação à morte de seu antecessor Saddam Hussein, ditada neste domingo em Bagdá, capital do Iraque, e se limitou a considerar que o processo foi justo.
"Ele não fará comentários porque qualquer comentário pode ser considerado uma ingerência nos assuntos da justiça", declarou o chefe do gabinete e porta-voz do presidente iraquiano, Kamran Qaradaghi. No entanto, o presidente pensa que o tribunal é independente e que o processo foi justo e conforme a lei, acrescentou a mesma fonte.
O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e dois de seus co-acusados foram "condenados à morte" neste domingo pelo Alto Tribunal Penal iraquiano, pelo assassinato de 148 xiitas do povoado de Dujail, ao norte de Bagdá, nos anos 80.
"Até agora o presidente nunca assinou uma condenação à morte. Normalmente, um adjunto está autorizado a assinar em seu lugar", assinalou Qaradaghi.
O porta-voz justificou a posição de Talabani de não assinar nunca uma sentença de morte por ter assinado no passado um documento internacional contra a pena capital. "Ele disse que não pode mudar de postura", insistiu Qaradaghi.
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