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Livro ajuda professor a implantar a cultura de paz nas salas de aulas

Obra traz dinâmicas para estimular convivência pacífica entre estudantes

Evaldo Novelini
12/12/2023 | 07:00
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Divulgação


Como forma de combater o crescente número de atentados praticados por alunos e ex-alunos em instituições de ensino, quatro professores de Santo André escreveram o livro Cultura de Paz em Sala de Aula Não É Um Bicho-De-Sete-Cabeças (Editora Ciência Moderna, 60 páginas, R$ 29). O lançamento oficial da obra está agendado para hoje, às 19h, no plenário da Câmara Municipal andreense.

“A cultura de paz deve começar pela pessoa. Como ter um olhar generoso em relação aos outros se a própria pessoa não é generosa? Acredito que o método pode surtir efeito se for continuamente construído por todos os atores sociais”, afirma Sérgio Simka, coautor do livro junto com Cida Simka, Marcio Tubarão e Regiane Harich.

A premissa do trabalho é a de que “é possível construir cultura de paz a partir do seu cotidiano, do lugar onde você está, com cada pessoa que você está”. Os autores citam frase do pacifista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948): “Se nossa tarefa é ensinar paz de verdade neste mundo, e se queremos encampar verdadeira guerra contra a guerra, nós temos o dever de começar com as crianças”.

Voltado para professores da educação infantil e do ensino fundamental I, o livro, dividido em oito capítulos, propõe uma série de dinâmicas para serem aplicadas em sala de aula de modo a estimular a convivência pacífica e respeitosa entre estudantes.

Em um dos capítulos, intitulado ‘Caixa das Atitudes’, os autores mostram como os professores precisam atuar em sala de aula para desenvolver nos alunos comportamentos associados à cultura de paz, como o diálogo, o perdão, a valorização do outro e a sensibilidade ecológica.

Todos os tópicos do livro se baseiam nos princípios preconizados pela ONU (Organização das Nações Unidas), que, em 2000, estimulou mobilização mundial para implantar a cultura de paz por meio de ações concretas – a obra dos autores andreenses é um dos mecanismos do esforço global.

São seis os pilares da cultura de paz: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, ouvir para compreender, preservar o planeta e redescobrir a solidariedade. O livro dá dicas práticas de como incorporá-los no dia a dia dos estudantes, como a de “perguntar ‘como vai?’ a um colega com quem não costuma conversar” ou a de “indicar um colega e lhe dizer que ele é uma pessoa maravilhosa”.




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