Cultura & Lazer Titulo
Fashion Rio mostra boas promessas da moda
Rosângela Espinossi
Enviada ao Rio
25/01/2004 | 17:22
Compartilhar notícia


Com os desfiles das grifes Casa de Noca e Zoe Avelaneda, além de mais cinco marcas de jovens estilistas, acabou na noite de sábado a quarta edição do Fashion Rio, no MAM (Museu de Arte Moderna), de onde a vista do Corcovado e do Pão de Açúcar é emoldurada pelos jardins de Burle Marx, reformados e iluminados para o evento. Na platéia, não faltaram famosos, como Suzana Vieira e Marcello Antony, e na passarela.

A grife Casa de Noca, pela primeira vez em desfile solo, se inspirou num dia de chuva para colocar na passarela capas acinturadas em cores contrastantes por dentro e por fora. Deborah Secco abriu o desfile que teve trilha sonora feita por Simoninha. A primeira música foi Happy, aquela de quando Michael Jackson era criança, e Que Maravilha, numa gravação em italiano de Elza Soares feita em 1967, fechou a apresentação enquanto Luiza Brunet desfilava um look preto, com saia plissada e chapéu.

O segundo desfile foi de Zoe Avelaneda, que contou com Babi na passarela. Ela vestiu uma roupa branca de tecido empapelado meio amassado. Na apresentação dos jovens estilistas, vale guardar o nome de Wendell Braulio, que evoluiu do último verão para esta coleção e mostrou uma atitude mais segura na moda jovem masculina, principalmente nas calças, seja nos modelos com pregas que se abriam em cor contrastante, seja nas justas ao corpo, amarradas com fios grossos. As camisetas, ajustadas ao corpo, tinham a bainha cortada a fio, bem irreverente, bem estilo de rua, mas com acabamento impecável.

Vale destacar também o trabalho de O Estúdio Costura, em que os criadores buscaram inspiração no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia. Calma, ninguém apareceu com o corpo quebrado. A coleção, chamada Tecidos Conjuntivos, trouxe estampas de ossos estilizados, dobraduras e amarrações que nos remetem a ataduras.

Agito – Na sexta-feira, os seis desfiles – MxM, Colcci, Cavendish, Drosófila, Raia de Goeye e Lei Básica – tiveram um ou outro denominador em comum. Mas é bom ressaltar a coleção de Guilherme Mata, da MxM, que realizou um belo trabalho de pregas e dobras, em boas combinações de cores, como o pistache e mostarda.

A Colcci, que levou a milionária Paris Hilton para a passarela, uma das herdeiras da rede Hilton de hotéis e que teve divulgado pela internet um filme em que mantinha relações sexuais com o namorado, mostrou uma moda para meninas travessas, que gostam de detalhes de renda, mas não abandonam jaquetas e calças de jeans meio masculinas.

A Drosófila também misturou renda e tecidos esvoaçantes com jaquetas pesadas estampadas e, nas costas, as Meninas Superpoderosas. Já a Raia de Goeye, que cria para as típicas garotas paulistanas que adoram baladas e shoppings, acertou nos shortinhos com barra e cós virados, presos por alças e fivelas, e também nas duplas blusinhas de renda, bem delicadas e gostosinhas. É isso: o Rio não é só moda praia e, por suas passarelas, além dos cariocas, também trafegam muitos mineiros e paulistas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;