A semana implodiu o clima no PL de Mauá. Desde a chegada do vereador Sargento Simões, via direção nacional, para assumir a pré-candidatura do partido à Prefeitura da cidade, os atores da legenda tentaram acomodar as novas forças e, para fora, mostrar que tudo estava em paz. Mas bastou entrar em votação a análise das contas do ex-prefeito e hoje deputado estadual Atila Jacomussi (SD) para análise dos vereadores que a situação começou a se desmanchar. Primeiramente porque, apesar de pregarem independência, atores do PL iniciaram movimento para conquistar votos para Atila. Depois, o suplente de vereador em exercício do mandato, Denis Caporal, se reuniu com a cúpula municipal para anunciar que vai estar na base de sustentação do prefeito Marcelo Oliveira (PT) enquanto estiver na Casa. O clima ruim ficou explícito na sessão de terça-feira passada, mas se tornou péssimo com a denúncia de Renata Bras da Silva, mulher do vereador e presidente do PL local, Zé Carlos Nova Era, de agressão física – ele nega. Fato é que todos os episódios desestruturaram o PL municipal.
Pressão
Cresceu, dentro do PT de Mauá, pressão para que a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres tome medida mais enérgica contra o vereador Zé Carlos Nova Era (PL), acusado pela mulher de agressão física. Nos outros episódios em que Renata Bras da Silva acusou o marido, a Pasta, chefiada por Celma Dias, pouco se manifestou. Nova Era negou as acusações, admitiu ter traído a mulher e não descarta deixar a presidência do PL municipal, para estancar a crise.
Ainda no PL de Mauá, o vereador Sargento Simões anunciou que irá acompanhar o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado) a respeito da contabilidade de 2019 da gestão do ex-prefeito Atila Jacomussi (SD) – ou seja, votará contra seu antigo aliado. Nos bastidores, Simões chegou a cogitar votar a favor das contas de Atila, mas, nos últimos dias, tem feito movimentos para buscar se desassociar do ex-prefeito. Aliados dele consideraram que votar contra as contas de Atila é um passo decisivo para consolidar a imagem de Simões como nome da terceira via.
Podemos
O vereador Aurélio Bacelar (PSDB) se encontrou com a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu, em uma sinalização de saída do PSDB. O partido hoje faz parte da bancada de sustentação do prefeito Orlando Morando (PSDB), mas Renata Abreu admitiu a possibilidade de abrir portas para o ex-vereador e ex-prefeiturável Rafael Demarchi (União Brasil) na eleição do ano que vem – Demarchi é oposição a Morando e concorreu contra o tucano no pleito de 2020.
Na bronca
Secretária de Meio Ambiente, Habitação e Desenvolvimento Urbano de Ribeirão Pires, Andreza Araújo não gostou nada de ver sua Pasta fatiada pela minirreforma administrativa promovida pelo prefeito Guto Volpi (PL). Isso porque tiraram de seu guarda-chuva de atuação o setor de habitação, uma área que permite interlocução com outros entes de poder.
Superferiado
Por falar em Ribeirão Pires, os vereadores decidiram enforcar a sessão da semana passada. Os trabalhos acontecem às quintas-feiras, mas, por causa do feriado de quarta-feira, a mesa diretora do Legislativo, presidida pelo vereador Paulo César Ferreira (PL), dispensou as atividades. Em outras cidades, as sessões ocorreram – antecipadas ou postergadas, mas ocorreram.
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