Prefeito de Diadema confirma pré-candidatura à reeleição e avalia que, além de Taka, eleição deve ter Márcio e nome ligado ao bolsonarismo
O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), confirmou que é pré-candidato ao Paço no ano que vem para tentar um inédito quinto mandato no Grande ABC. O petista avaliou que deve enfrentar pelo menos três candidatos alinhados à direita e evitou o clima de “já ganhou”: “Não será uma eleição fácil”.
Em entrevista ao Diário, Filippi confidenciou que seu nome foi referendado pelo partido para disputar novamente a Prefeitura e que agora terá início série de debates com legendas aliadas, a começar pela federação com o PV e o PCdoB, na construção da campanha.
“Temos uma aliança com o PSB, que participa do nosso governo, com o Marcelo Strama como nosso secretário de Desenvolvimento Econômico. Temos um bom diálogo com o secretário (estadual de Governo, Gilberto) Kassab, para que o PSD também venha conosco, inclusive em um diálogo importante para que o nosso assessor especial Ricardo Yoshio (ex-prefeiturável) se filie no PSD. Vamos dialogar com o Psol, que terá o (deputado federal Guilherme) Boulos como candidato muito forte na Capital, e queremos ter essa parceria em Diadema”, citou. “Claro que essas discussões eleitorais são importantes, mas o mais importante é o governo seguir crescendo, realizando e entregando melhorias para a população.”
Filippi se elegeu prefeito de Diadema pela primeira vez em 1992, ao vencer Eliete Menezes (então do PSB) em um pleito muito acirrado. Em 2000, voltou às urnas e tornou a vencer o pleito, desta vez contra o ex-aliado José Augusto da Silva Ramos, duelo repetido em 2004 e com o mesmo desfecho: vitória de Filippi. Em 2020, Filippi decidiu novamente concorrer à Prefeitura e venceu o hoje presidente da SPObras, autarquia da Capital, Taka Yamauchi (MDB), em um segundo turno apertado.
O petista lembrou da campanha de 2020 como alerta para a construção do projeto eleitoral do ano que vem. “Uma semana antes da eleição, as pesquisas mostravam que estávamos 15 pontos na frente do adversário. Vencemos por diferença de pouco mais de 5.000 votos (51,35% a 48,65%). O que isso quer dizer? Que não tem eleição ganha. Vamos ter de trabalhar muito e seguir evoluindo com o governo.”
O prefeito avalia que haverá uma pulverização de candidaturas à direita na cidade, que vão além de Taka. Ele citou nominalmente o ex-deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) e disse suspeitar que simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também terão um candidato próprio.
Questionado sobre a possibilidade de chegar ao quinto mandato, feito inédito no Grande ABC, Filippi adotou clima de afastamento de euforia. “Eu agradeço muito a confiança e o carinho do povo de Diadema ao longo desses anos todos. E, se isso acontecer (o quinto mandato), será uma honra para mim, será o reconhecimento mais importante da minha vida política e profissional. Mas quero deixar claro que não faço nada sozinho: sou coordenador de uma equipe fantástica que trabalha incansavelmente pela melhoria de Diadema.”
Por fim, Filippi admitiu pela primeira vez que vai aprofundar o diálogo sobre quem será seu vice na eleição do ano que vem. A vice atual é Patty Ferreira (PT), mas alguns articuladores do Paço entendem ser necessário abrir a vaga de número dois para um partido aliado – assim, Patty tentaria uma cadeira na Câmara de Vereadores.
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