Posse de suplentes em Sto.André aumentou número, que ainda é muito baixo nas Câmaras
A posse de suplentes de vereadores na região fez com que aumentasse o número de negros nos Legislativos do Grande ABC, mas, mesmo assim, o índice de pessoas pretas nos Parlamentos das sete cidades é pequeno: só 11 dos 142 vereadores são negros.
Esse número cresceu porque, em Santo André, Renatinho do Conselho (Avante) assumiu a cadeira de Almir Cicote (Avante), que foi para a Secretária de Educação, e o Edilson Fumassa (PSDB), a do Pedrinho Botaro (PSDB), que está como secretário de Ações Governamentais.
Nos dias de hoje, dos 142 parlamentares, 98 são brancos (69% no total), 32 pardos (22,5%), 11 se autodeclaram pretos (7,7%) e um amarelo (0,7%) – o Diário buscou como os políticos se consideraram ao registrar as candidaturas em 2020.
Essa discrepância dos dados é fruto de diversos impedimentos que ainda existem para que homens e mulheres negros cheguem aos espaços de poder e do preconceito enraizado na população. Mesmo com a criação de cotas dentro do partido a desigualdade é grande.
São Bernardo apresenta o maior número de vereadores autodeclarados negros, Ana Nice (PT), Lucas Ferreira (sem partido) e Eliezer Mendes (Podemos). Mauá possui Ricardinho da Enfermagem (PSB) e Samuel Enfermeiro (PSB); Ribeirão Pires, Anderson Benevides (Avante) e José Nelson da Paixão (Patriota); Santo André, além dos suplentes, Bahia Santana (PSDB); e Diadema tem Lilian Cabrera (PT) – ela diz ter se declarado negra por causa dos pais.
A única parlamentar negra eleita de São Caetano, Suely Nogueira (Podemos) morreu em 2021, após sofrer parada cardíaca. Rio Grande da Serra não elegeu nenhum vereador preto.
O censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 135.298 pessoas se consideram negras no Grande ABC (5.3% dos cidadãos), na época a região possuía 2.551.328 habitantes.
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