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Pix completa 3 anos e muda forma de movimentar valores

Meio de pagamento começou a ser utilizado em 16 de novembro de 2020, desde então, foram 66,5 bilhões de transações

Nilton Valentim
16/11/2023 | 09:37
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Cícero Souza tornou-se ambulante após perder o emprego e sempre usou o Pix (FOTO: Wendell Nunes/DGABC)


Pagar com Pix tornou-se algo tão comum que fica difícil imaginar como as relações comerciais se davam antes da implantação desse sistema. E nem faz tanto tempo assim. Hoje completam-se três anos desde que o Pix entrou em operação. Segundo o BC (Banco Central), entre 16 de novembro de 2020 e 31 de outubro de 2023, foram realizadas 66,5 bilhões de transações com Pix, movimentando R$ 29,7 trilhões.

O BC informa ainda que existem atualmente 674,6 milhões de chaves Pix ativas e 155,9 milhões de usuários no País. Somente em outubro, foram realizados 136,7 milhões de pagamentos com Pix e 141,2 milhões de recebimentos por meio da plataforma eletrônica, que já supera o uso de cartões (crédito ou débito), transferência bancária, TED, DOC ou cheque.

A maior transação por Pix feita no Brasil ocorreu em dezembro de 2022. Foi movimentado R$ 1,2 bilhão. O BC não informou se a transferência bilionária ocorreu entre pessoas físicas ou jurídicas, mas é fato que esse é um indicador de confiança na plataforma.

NAS RUAS

Transações mais modestas ocorrem o tempo todo, seja para pagamento de compras, de serviços e outras finalidades. 

Em sites de compras na internet, é comum as empresas oferecerem desconto para quem opta pelo pagamento com Pix. Em lojas de shoppings, de rua, restaurantes e outros estabelecimentos, o cartaz com o QR Code para realização do Pix está sempre ao lado do caixa.

Os vendedores ambulantes descobriram a tecnologia e isso também facilitou as vendas. 

Maria José da Silva Souza, 63 anos, vende Yakult no Centro de Santo André há 33 anos e usa o Pix há um e meio. “Como não aceito cartão, a grande maioria das minhas vendas é por Pix, até porque não pago taxa como pela maquininha (de cartão). Também é mais seguro porque assim que eu recebo o pagamento, aparece pelo aplicativo do banco, então é melhor para controlar”, detalha. 

Cícero Souza, 66, é comerciante ambulante de meias, sapatos, chinelos, cintos e acessórios. Demitido da empresa em que trabalhava, começou a batalhar nas ruas e tem o Pix como aliado. “Quando comecei a usar, sempre mandava uma foto para a minha filha confirmar para mim se o pagamento tinha caído. Foi quando uma pessoa fingiu que tinha feito, mas na verdade era falso. Depois comecei a usar o Pix pelo QR Code da maquininha, pois sei usar melhor.”

Romero André, 41, trabalha desde os 9 com comércio e há 6 anos na Rua Catequese. O comerciante de acessórios, como bonés e cordões, usa o Pix há um ano e meio. “Facilitou as vendas, às vezes as pessoas não têm dinheiro na hora, não têm cartão, então meus clientes usam muito comigo, às vezes fazendo até de casa”, relata.

Francisca Rita, 38, trabalha com vendas pela região há oito meses e usa o Pix desde o início. “ É mais prático e fácil, a maioria das vendas é por Pix ou cartão”, explica a comerciante.

Colaborou Jaque Corrêa




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