Em entrevista coletiva no final do primeiro dia de discussões, FHC disse que o objetivo da reunião “não é transformar o FMI em um bode expiatório de todas as culpas". Segundo ele, os ex-chefes de governo vão analisar "não apenas o papel técnico do FMI, mas também as conseqüências de suas políticas para o fortalecimento da democracia".
FHC disse que as análises servirão para "ver como está funcionando (o FMI) e aproveitar as lições da história para propor algumas reformas (...) com o objetivo de considerar as conseqüências das políticas econômicas no fortalecimento da democracia".
Além dos ex-dirigentes, cerca de 30 assessores e especialistas de instituições financeiras internacionais e universidades participam do foro do Clube de Madri, cujos debates abordarão os casos de Brasil, Polônia e Coréia do Sul.
Entre os assistentes estão o economista inglês John Williamson, artífice do consenso de Washington (1989), o diretor de Relações Externas do Fundo, Thomas Dawson; o diretor do bureau de avaliação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Stephen Quick; o presidente da Rockefeller Foundation, Gordon Conway; e a secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Alecia Bárcena.
O encontro também reunirá os ex-presidentes Patricio Alwiyn e Eduardo Frei (Chile), Belisario Betancur, César Gaviria e Andrés Pastrana (Colômbia), Leopoldo Calvo Sotelo, Felipe González e Adolfo Suárez (Espanha), Leonel Fernández (República Dominicana), José María Figueres (Costa Rica), Osvaldo Hurtado (Equador), Ernesto Zedillo (México) e Jorge Quiroga (Bolívia).
Participam ainda Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda, o secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Amr Mussa, e o ex-premier francês Lionel Jospin.
O Clube de Madri é um organismo criado em maio de 2002 que Fernando Henrique definiu como uma "ONG", integrada por mais de 35 ex-chefes de Estado e de Governo, cujo principal objetivo é trabalhar pela democracia.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.